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01/04/2008 - 07h06

Embratel e a primeira investida de WiMAX comercial no Brasil

Paulo Rebêlo | UOL Tecnologia
Não existe mais segredo. A partir deste mês de abril, chega ao mercado a primeira solução comercial de WiMAX no Brasil. O serviço passa a ser oferecido pela Embratel, inicialmente para pequenas e médias empresas, deixando o usuário final de lado.

Na primeira fase do lançamento, 12 capitais (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo) poderão contratar os serviços da operadora, que inicialmente disponibilizará um canal de 2 Mbps a ser compartilhado nos computadores.

Segundo um executivo da empresa, os investimentos planejam uma expansão do serviço em três anos. Na segunda fase da ampliação da rede, 18 novas cidades ganharão cobertura. Na terceira fase, serão 31 cidades a mais. No total, a rede WiMAX da Embratel deverá cobrir 61 cidades por meio de 1.018 estações de rádio-base (ERBs), pode ser expandida para 200 municípios.

A Embratel é a única empresa com licença para oferecer WiMAX em todo o território nacional. Não à toa, a operadora irá continuar ampliando o leque de cidades a partir de agora.

Em Porto Alegre e Curitiba, a Brasil Telecom já testa o serviço desde agosto do ano passado com promessas (não cumpridas) de lançá-lo comercialmente em março deste ano. No entanto, a previsão foi cancelada, sobretudo com a possibilidade de venda da operadora para a Oi.

Telefônica e Oi não revelam detalhes sobre WiMAX. Nos bastidores, ambas testam soluções há anos, mas oficialmente nenhuma das duas admite quais os planos e estratégias. Sequer se haverá opções para usuários finais ou apenas para o ambiente corporativo, como a Embratel.

Divulgação da campanh

Já neste mês de abril, as pequenas e médias empresas poderão procurar a Embratel para o serviço de WiMAX, contudo, apenas em maio é que as primeiras campanhas publicitárias irão começar a surgir na mídia.

De acordo com Mauricio Vergani, diretor-executivo da Embratel Empresas, para o usuário corporativo será invisível que tipo de tecnologia ele usará. Como a empresa oferece acesso corporativo à Internet usando tecnologias diversas, será apenas uma questão de poder ampliar o raio de atuação em uma mesma região.

A empresa garante que não será possível perceber se a conexão é via WiMAX, cabo ou DSL, pois as metas (velocidade, estabilidade etc.) a atingir serão sempre as mesmas.

Os planos básicos para uma pequena empresa, por exemplo, inclui um canal de apenas 2 Mbps a ser compartilhado com os computadores cadastrados para ter acesso à rede. Uma pequena antena recebe o sinal para o servidor da empresa e, a partir daí, expande para as outras estações.

"Esse projeto é resultado de um trabalho especial que envolve a utilização das radiofreqüências da faixa de 3,5 GHz. O uso dessa faixa para a ampliação no fornecimento de acessos em banda larga sempre foi um dos grandes focos da solução", garante José Formoso, presidente da Embratel, em nota oficial.

Ainda segundo Formoso, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde há áreas de grandes dimensões com alta concentração de prédios, a Embratel irá atuar com uma banda de 35 MHz e cobertura de 90% das empresas de pequeno e médio porte.

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