UOL Notícias Tecnologia

12/06/2008 - 18h06

UOL detalha na CPI estratégia de combate à pedofilia

Da Redação
O diretor de relações institucionais do UOL, Gil Torquato, representantes do Ministério Público Federal, da ONG SaferNet, que combate crimes cibernéticos, além do presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), debateram nesta quinta-feira (12) formas de combater a exploração de menores e a pornografia infantil na Internet. A audiência pública foi realizada na Assembléia Legislativa de São Paulo a pedido do senador, que convidou a direção do UOL para participar do evento.

Torquato informou que cerca de 300 mil pessoas entram nas salas de bate-papo do UOL diariamente. Ele apresentou todos os procedimentos adotados pela empresa para combater crimes e lembrou que o portal já assinou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Federal, em São Paulo, se comprometendo a coibir delitos virtuais.

Torquato afirmou ainda que o portal está disposto a disponibilizar ferramentas de combate aos crimes cibernéticos para outros provedores brasileiros.

"O UOL sempre colaborou e sempre vai continuar colaborando e se aperfeiçoando para que possa ajudar a eliminar esses problemas e encaminhar esses crimes [para as autoridades responsáveis]", afirmou.

Em um dos casos investigados pela CPI, o crime teria sido cometido por usuários de páginas de bate-papo do UOL. Segundo Torquato, os dados solicitados pela comissão, que aprovou a quebra do sigilo das pessoas envolvidas, estão sendo compilados pela empresa e serão entregues na próxima semana.

O procurador Sergio Suiama, do Ministério Público Federal de São Paulo, disse que não há no Brasil uma lei que aponte responsabilidades dos provedores de Internet. Ele reforçou a importância de remeter as denúncias diretamente para o Ministério Público — procedimento já adotado pelo portal. "O UOL não é hoje um grande problema em termos de crime na Internet e de difusão de pornografia infantil na Internet", disse.

O presidente da CPI sugeriu que seja feita uma audiência pública no Congresso Nacional, em Brasília, com todos os provedores de Internet que atuam no Brasil, sejam eles nacionais ou estrangeiros, para debater o tema. "A pedofilia é a pior degradação da raça humana", disse Malta.

Depoimentos

Após a audiência pública, a CPI ouviu o depoimento de supostos envolvidos em um caso de pedofilia. Duas pesssoas foram presas durante a sessão. Valter José Ferreira e David Millero Junior, suspeitos de abusar sexualmente de crianças e adolescentes, reconheceram crianças e o local onde o crime teria acontecido. Entretanto, negaram que tenham abusado das vítimas.

Segundo a CPI, eles são suspeitos de integrar uma rede de pedofilia que seria comandada pelo operador de telemarketing e pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo. Encontros com crianças e adolescentes eram agendados pela Internet.

Toledo, que está com prisão temporária decretada, também foi ouvido pelo presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), e pelo vice-presidente da comissão, senador Romeu Tuma (PTB-SP). O suspeito estava com colete à prova de balas. O pai de uma das vítimas também foi ouvido. Ele estava encapuzado.

O tenente da Polícia Militar paulista Fernando Neves, que se suicidou, também era suspeito de integrar a quadrilha. Neves foi um dos primeiros policiais a chegar ao apartamento de Alexandre Nardoni, pai da garota Isabella, assassinada em março no apartamento da família.
Mais
UOL detalha na CPI estratégia de combate à pedofilia
CPI quer monitoração e filtro de imagens contra pedofilia na Web
Período de arquivamento de dados é tema polêmico
Provedores não podem invadir privacidade de internautas, diz Abranet
Sites falham ao repassar dados à Justiça, diz MP
Denúncias de crimes virtuais crescem no ritmo da Web
Saiba como denunciar crimes virtuais e proteger seus filhos na Web
Bate-papo UOL identifica possíveis crimes em tempo real

Compartilhe:

    Últimas Notícias

    Hospedagem: UOL Host