No Brasil e no mundo, a Web Semântica também se torna uma realidade no meio acadêmico e ganha o entusiasmo de muitos pesquisadores. Pelo menos duas universidades brasileiras &madsh;as federais do Espírito Santo (UFES) e da Bahia (UFBA)&madsh; estão trabalhando nessa área, com o intuito de avançar na interpretação de dados de maneiras diferentes.
A desenvolvedora analista do iMasters, Luana Morellato, está realizando um mestrado pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) na área de Processamento de Linguagem Natural (PLN), que pode vir a ser um dos caminhos para uma possível integração semântica.
O PLN abrange sistemas computacionais que compreendem as linguagens falada e escrita. A interpretação da escrita baseia-se em mecanismos que tentam compreender frases em linguagem natural e representá-las de um modo que possam ser utilizadas pelo computador.
De acordo com Luana, a implementação total do paradigma semântico na Web é possível, mas o caminho ainda está sendo trilhado.
"O ser humano evolui para diminuir o trabalho manual e facilitar sua vida. Se para o desenvolvimento de serviços prestados por sistemas inteligentes forem necessários mudança na organização de dados, pesquisa e conhecimentos, isso ocorrerá de maneira gradual, já que estamos falando de um número gigantesco de dados", analisa.
As professoras Daniela Claro e Débora Abdalla, da UFBA, estão trabalhando com ontologias, que na concepção tecnológica, significam modelos de dados que representam um conjunto de conceitos.
Na prática, ontologias definem modelos de organização dos dados, como, por exemplo, indivíduos (objetos), classes, atributos e relacionamentos entre esses objetos.
"O objetivo das pesquisas é facilitar a recuperação das informações de uma maneira não-ambígua. Por exemplo, se eu procurar na Internet a palavra 'custo', todos os sites que se referem a 'preço' não serão contemplados. Mesmo que para um ser humano 'custo' e 'preço' sejam similares, para uma máquina não é", explica Daniela, que acredita que a popularização da Web Semântica depende da expansão das redes em outros suportes.
"Acredito que o grande desafio da Internet é ser onipresente, ou seja, que a gente não tenha que sentar na frente do computador para se conectar, mas que a Web já esteja presente na TV, no nosso celular, no telefone, no nosso quarto, na cozinha, no escritório, etc. Acho que isso sim é o grande desafio incorporando a Internet e a Web Semântica", prevê.
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