18/08/2008 - 07h00

Samuel J. Palmisano, da IBM: estimulador de novas idéias

MARCIO PADRÃO | Para o UOL Tecnologia

SAM PALMISANO, DA IBM

Nome completo: Samuel J. Palmisano Cargo atual: CEO da IBM Destaques na área de tecnologia : ampliar o faturamento da IBM nos últimos anos; expandir a atuação da empresa em mercados emergentes

Antes de unir-se à IBM, em 1973, Samuel J. Palmisano formou-se bacharel em História pela Universidade Johns Hopkins. Na escola, chegou a tocar saxofone por cinco dias como músico de apoio da banda Temptations.

Sam Palmisano galgou posições de liderança na IBM, como vice-presidente sênior para grupos de sistemas de empreendimento e pessoais, e teve um papel importante na criação e condução da IBM Global Services, subdivisão criada em 1991 que se tornou a maior provedora de soluções de tecnologia e negócios do mundo.

O executivo chegou ao cargo de CEO em 2002. No ano seguinte, Palmisano empregou uma novidade no gerenciamento da empresa: a tecnologia Jam. Ela consistia de promover debates entre empregados por meio de intranet. A idéia deu certo e teve seqüências.

O último debate, chamado de InnovationJam, consistiu de duas maratonas de 72 horas de sessões online em 2006. Envolveu mais de 150 mil pessoas de 104 diferentes países e resultou no investimento da IBM de US$ 100 milhões, durante dois anos, nas melhores idéias propostas.

Mesmo com a acirrada concorrência da HP na produção de computadores -que fez com que perdesse o posto de empresa de maior receita na área- a IBM ainda possui mais de 2,9 mil patentes, sendo a recordista. Ainda mantém o posto de empresa mais lucrativa do ramo e a posição número 37 no ranking das maiores companhias do mundo, segundo a Forbes.

Por que pode se tornar o "novo Bill Gates"?

Palmisano vem conduzindo pequenas inovações na IBM que, a longo prazo, poderão aumentar ainda mais a já imensa empresa. O fato de ter investido mais de US$ 6 bilhões na Índia trouxe crescimento de 37% da empresa e o título de maior número de funcionários da IBM fora dos Estados Unidos. Além, claro, de dar um salto na adesão às economias emergentes.

Ele ainda foi eleito um dos CEOs de maior aceitação entre seus funcionários. Está com 48% de aprovação, segundo dados do site Glassdoor. À frente dele, nomes de peso como Steve Ballmer, Michael Dell e Steve Jobs.