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16/03/2009 - 06h00

Febre entre geeks, Twitter cria internet ainda mais enxuta, em 140 caracteres

JOÃO BRUNELLI MORENO | Para o UOL Tecnologia
Ao perguntar ao internauta "O que você está fazendo agora?", o Twitter virou mania na web nos últimos meses. O serviço de microblog entrou no ar em 2007 com a ideia de que seus usuários pudessem postar textos e links com no máximo 140 caracteres —tamanho médio de uma mensagem de texto de celular.

E se a internet é o espaço ideal para textos curtos e rápidos, o Twitter alavancou uma série de outros serviços. Você pode participar de concursos de microcontos, postar verbetes curtos ou desgraças da sua vida e até achar um canal para reclamar de problemas no celular diretamente com a fabricante.

Guia ensina a usar e entender o Twitter

Mas quem está pensando em fazer um cadastro no site só agora, saiba que não estará atrasado: em 2008, o domínio foi visitado por apenas 279 mil internautas residenciais, menos de 1% do total de usuários da web no Brasil. Mas apesar de cercado de pouca gente, você certamente estará bem acompanhado: há celebridades nacionais e internacionais como o apresentador Marcelo Tas, a comediante norte-americana Tina Fey e até mesmo o presidente dos EUA, Barack Obama. Isso sem contar com o divertidíssimo fake do ator Vitor Fasano.

Quanto menos melhor?

Para o especialista em mídia social e projetos colaborativos na web Juliano Spyer, o Twitter "é uma evolução do mensageiro instantâneo e da rede social". "Ao invés de trazer mil funcionalidades, ele investe na ideia do open social, ou seja, ao invés de se responsabilizar por criar funcionalidades imaginando o que as pessoas queiram, ele facilita a vida de quem quiser combinar o Twitter com outros serviços", afirma.

Já o jornalista e pesquisador Renato Targa entende que o Twitter é uma espécie de "Messenger ou scrapbook público do Orkut", e diz que sua maior diferença para outras redes sociais é a maneira que organiza suas conexões. "Enquanto numa rede social tradicional as pessoas têm conexões por serem amigas, parentes ou colegas de trabalho, no Twitter muitas vezes elas são estimuladas por interesses, mesmo que momentâneos, em torno de um determinado assunto" diz. E reflete afirmando que "não há 'amigos' no Twitter, mas sim 'seguidores', e quando seus posts deixam de ser interessantes, você apenas remove a pessoa de sua lista".

Roberto Moreno por sua vez vê o Twitter como responsável pela popularização dos formatos curtos na rede, dizendo "desde que a ferramenta de microblog apareceu, não foram raras as pessoas que costumavam postar diversas vezes por dia em seus blogs começaram a dar preferência às mensagens curtas". Mas o Twitter estaria matando os blogs? Para Spyer, não: "acredito que o Twitter compete com redes sociais, já que essencialmente diferem dos blogs na medida em que funciona explicitamente em rede". E apesar de acreditar que "o Twitter sirva para conversas passageiras, enquanto o blog se dedica a discussões mais longas", alfineta, afirmando que o serviço "não matará o blog, mas ele deixará de ser o tema preferido das revistas de negócios".

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