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03/04/2009 - 07h02

Máquinas do futuro: movidas a energia termonuclear ou consumindo açúcares

LUIZ FUKUSHIRO | Do UOL Tecnologia
Qual o ponto em comum entre um liquidificador, um computador, um carro, um chuveiro elétrico, um robô e uma metalúrgica? Embora coisas bem discrepantes, todas essas coisas listadas aqui necessitam de energia para funcionar. Seja elétrica, térmica, solar ou mecânica, gadgets, meios de transporte e indústria precisam de algo que as mova. "Quanto mais alto o estágio tecnológico de uma civilização, maior o seu dispêndio em energia. Por isso é necessário ter uma fonte energética quase inesgotável (pelo menos na escala humana)", diz Shozo Motoyama, professor de História da Ciência da Universidade de São Paulo.

E justamente a geração de energia acabou sendo uma das grandes causas da confusão ambiental que vivemos hoje: seja pela poluição causada pelos resíduos do petróleo ou pelo impacto ambiental da construção de hidrelétricas, o homem se viu obrigado a procurar formas alternativas, renováveis e viáveis de produzir energia.

E no futuro? Ainda teremos as formas tradicionais de energia ou conseguiremos achar algo mais eficiente e não poluente? "Há a possibilidade de o homem controlar a energia nuclear na sua forma de fusão termonuclear, a energia de estrelas, simbolizada e possibilitada pela energia da fusão termonuclear", explica o professor. Difícil? Hoje já dominamos a fissão nuclear, que é quebrar um núcleo de um átomo, o que libera energia. Isso faz funcionar usinas nucleares e bombas atômicas. A fusão nuclear é o processo que une dois átomos e libera energia na sua estabilização. Esse processo é ainda teórico, mas acredita-se que produza muito mais energia. Mas quando? O professor Motoyama acredita que no prazo de um século.

Para um futuro mais próximo, daria para se apostar nos gadgets alimentados por açúcares, como as células humanas, por exemplo. Seriam "máquinas orgânicas", explica o professor João Antonio Zuffo, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: "É possível que existam máquinas que consumam açúcar em 2025. Mas o processo de transformação da celulose diretamente em álcool deve sair em menos de cinco anos".

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