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03/04/2009 - 06h59

Quão futuro é agora? Veja o que a tecnologia promete — e o que vai cumprir em breve

LUIZ FUKUSHIRO | Do UOL Tecnologia
Fato é que a ficção cientifica foi mais longe do que a capacidade humana de materializar tudo que essas mentes criativas inventaram para o cinema. Um robô ainda não se virou contra nós como o HAL 9000 de 2001: Uma Odisseia no Espaço — embora já haja casos de robôs que ficam possessivos por amar demais — nem ao menos temos a experiência de confundir humanos com androides do Inteligência Artificial ou replicantes do Blade Runner — mas há a possibilidade de robôs lançarem moda como a replicante Pris. A sociedade não é organizada geneticamente por castas como em Admirável Mundo Novo, não nos teletransportarmos como em Jornada nas Estrelas. E por aí vai.

O que os filmes imaginaram para o futuro

Claro, é mais fácil inventar uma boa história do que criar uma nova tecnologia. No entanto, uma visão mais pessimista vai mais longe e mostraria que na verdade não tivemos nenhuma grande mudança no último século. Depois da invenção da fotografia, da gravação de áudio e vídeo e dos meios de comunicação em massa, apenas miniaturizamos, digitalizamos, aceleramos e melhoramos essas tecnologias.

Por exemplo: primeiramente utilizava-se filmes planos para tirar fotos. Foi o filme em rolo que permitiu que as câmeras ficassem pequenas. Aí veio o filme colorido, com captação cada vez melhor. Surge então a câmera digital e o crescente número de megapixels a cada lançamento. O produto final continua o mesmo: uma foto de duas dimensões, que, comparada com a primeira, é de melhor qualidade — mas ainda só tem duas dimensões

Talvez a internet e a digitalização — o que inclui aí o advento do computador pessoal — tenha sido o que mais mudou a maneira de lidar não só com a tecnologia, mas também alterou as relações sociais — daria para chamar de mudança de paradigma. Mas ainda tem muito por vir e, embora tudo a que juraram morte ainda existe: a TV, o rádio, o papel, não se pode dizer quando e se isso ocorrerá — e se serão o computador pessoal e a internet que irão cometer o homicídio.

Máquinas do futuro: movidas a energia termonuclear ou consumindo açúcares
Esqueça os megapixels, agora tem que ter 3D
Robôs orgânicos, órgãos artificiais e inteligência artificial. Será possível?

Tudo isso para explicar o que essa matéria pretende: mapear o que já está em desenvolvimento e o que pode estar no seu bolso daqui a um tempinho. Ideias não faltam. Ainda não viajamos no tempo, não tiramos fotos 3D ou holográficas, não controlamos nossos cérebros como grandes HDs, não temos amigos robôs. Mas por que não? O futuro que os filmes e os livros previram ainda não chegou. Mas até que pode não estar tão longe assim.

Mouse vai ser coisa do passado: agora tudo se mexe com a força do pensamento
Moléculas processando o seu computador
No futuro, você terá apenas um gadget

E fazemos o alerta do professor Shozo Motoyama, um dos entrevistados nesta matéria, uma premissa nossa também: "O empreendimento tecnológico depende igualmente das condições sociais e econômicas. Em outras palavras, o futuro da tecnologia está à mercê de muitas variáveis de cunho histórico moldadas pela sociedade do futuro. Dessa maneira, a resposta só seria possível se conhecêssemos o futuro da sociedade ou das sociedades." Como a tecnologia ainda não permite que prevejamos o futuro, a gente pode estar errando feio em muita coisa. Então, veja no menu ao lado o que esperar para daqui alguns meses ou anos — quem sabe décadas ou até mesmo nunca. "Essas mudanças vão ocorrer no horizonte de um século mais ou menos, se o homo sapiens não tiver desaparecido da face do planeta", alerta o professor Motoyama.

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