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08/01/2007 - 20h37 Empresas de telefonia começam a bloquear acesso ao YouTube
SÃO PAULO (Reuters) - Empresas de telecomunicações instaladas no país começaram a bloquear o acesso ao site de vídeos YouTube no Brasil, cumprindo decisão liminar após ação movida pela modelo Daniela Cicarelli e por seu namorado, devido a imagens do casal que estavam disponíveis no endereço www.youtube.com. Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu liminar em favor de Cicarelli, ex-mulher do jogador de futebol Ronaldo, e do namorado Renato Malzoni Filho, para que o acesso de internautas brasileiros ao YouTube ficasse fechado até que fossem removidas imagens dos dois supostamente fazendo sexo. As cenas foram filmadas em Cádiz, na Espanha, no ano passado. Nesta segunda-feira, a Brasil Telecom disse ter recebido ofício da Justiça e foi a primeira a informar que tinha bloqueado o acesso de internautas brasileiros ao YouTube, uma unidade do mecanismo de buscas norte-americano Google. A Telefônica emitiu comunicado afirmando que "todas as empresas que possuem controle de tráfego de dados internacional" foram notificadas e que a determinação de bloquear o acesso ao YouTube no Brasil é "válida por tempo indeterminado". "(A Telefônica) esclarece que, como sempre ocorre, cumpre a ordem da Justiça e que atendeu à decisão a partir de hoje (segunda-feira)", segundo a nota à imprensa, divulgada no inic'io da noite desta segunda-feira. A Embratel afirmou, por meio de sua área de comunicação, que "está analisando tecnicamente o teor da decisão judicial a fim de viabilizar o seu cumprimento". Há outras empresas que têm controle de tráfego internacional de dados de Internet no Brasil, mas elas ainda não haviam se manifestado. Cicarelli e Malzoni Filho haviam processado o YouTube por não ter retirado do site o vídeo em que os dois aparecem supostamente fazendo sexo no mar em Cádiz. Durante muitos dias o vídeo foi o mais assistido na Internet no Brasil. Os dois queriam a retirada das imagens do site e pediram o pagamento de multa diária de 250 mil reais caso o vídeo continuasse disponível. O caso se arrastava há meses, e o casal iniciou um terceiro processo em dezembro, pedindo que o YouTube fosse fechado enquanto o vídeo estivesse disponível. A Reuters tentou entrar em contato com a área de comunicação do Google, dono do YouTube, nos EUA, mas não obteve resposta. O advogado de Cicarelli e de Malzoni Filho também não estava disponível para comentar a medida. |