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26/06/2008 - 13h53

Gates deixa a Microsoft e se concentra em filantropia

Por Daisuke Wakabayashi

SEATTLE (Reuters) - Percebendo que uma revolução estava por começar na computação pessoal, Bill Gates deixou a Harvard University em 1975 para criar a Microsoft e promover a visão de um computador em cada mesa de trabalho e cada casa.

Passadas três décadas, Gates deixará seu posto naquela que é hoje a maior companhia de software do mundo e passará a trabalhar em tempo integral na organização de caridade--a Bill & Melinda Gates Foundation--que ele criou com sua vasta riqueza.

Gates, 52, cuja aparência juvenil contrasta estranhamente com os cabelos já grisalhos, deixará para trás toda uma vida dedicada ao desenvolvimento de software e concentrará suas energias em promover a descoberta de novas vacinas ou o microfinanciamento de projetos nos países em desenvolvimento.

Em sua condição de maior acionista da Microsoft, Gates continuará a ser o presidente do conselho da empresa e a trabalhar em alguns projetos especiais de tecnologia. A participação de 8,7 por cento que ele detém na companhia vale cerca de 23 bilhões de dólares.

Gates começou a programar computadores aos 13 anos, criando um sistema de agenda para marcar as aulas de sua escola, em Seattle. À medida que adquiria experiência, compreendeu o potencial do software para alterar a maneira pela qual as pessoas trabalhavam, comunicavam e se divertiam.

"Quando eu tinha 19 anos, antevi o futuro e baseei minha carreira nessa visão. Eu estava certo", escreveu Gates em The Road Ahead, seu livro de 1995.

Ele compreendeu bem cedo na revolução da computação pessoal que o software seria mais importante que o hardware. Com o amigo de infância Paul Allen, ele criou a Microsoft, batizada para simbolizar a missão da nova empresa: criar software para microcomputadores.

Ele foi apresentado aos computadores na Lakeside Preparatory School, uma escola de elite em Seattle, onde aprendeu a programar em linguagem Basic, usando um primitivo computador ASR-33.

Foi em Lakeside que ele conheceu Allen, dois anos mais velho e também fascinado por computadores.

"É claro que na época era só por diversão, ou assim imaginávamos", relembrou Gates em seu livro.

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