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29/04/2009 - 09h32

Muita gente desiste rápido do Twitter, mostra estudo

SYDNEY (Reuters) - As pessoas que usam o Twitter hoje podem desistir do serviço de microblog amanhã, de acordo com dados que questionam o sucesso em longo prazo da mais recente sensação das redes sociais.

Dados da Nielsen Online, que mede o tráfego da Internet, constataram que mais de 60 por cento dos usuários do Twitter deixaram de usar o site gratuito um mês depois de aderirem.

"O índice de retenção de audiência do Twitter, ou a porcentagem dos usuários em um determinado mês que continuam a usar o site no mês seguinte, é atualmente da ordem de cerca de 40 por cento", informou David Martin, vice-presidente de pesquisa primária da Nielsen Online, em comunicado.

"Pela maior parte dos 12 meses passados o Twitter manteve índice de retenção da ordem de 30 por cento", acrescentou.

O Twitter foi criado três anos atrás como um serviço de Internet que permite que as pessoas acompanhem mensagens de no máximo 140 caracteres, ou "tweets", de amigos ou celebridades, que podem ser lidos em computadores ou com aparelhos portáteis.

Mas o serviço vem desfrutando de um surto recente de popularidade devido à adesão de celebridades como o ator Ashton Kutcher e a apresentadora de televisão Oprah Winfrey, que o elogiaram publicamente e enviam "tweets" para alertar os leitores sobre notícias urgentes ou informá-los quanto às atividades mais mundanas dos remetentes.

O presidente norte-americano, Barack Obama, usou o Twitter durante a campanha eleitoral do ano passado, e outras celebridades no Twitter incluem o astro do basquete Shaquille O'Neal e as cantoras Britney Spears e Miley Cyrus.

O Twitter é uma empresa de capital fechado e não revela seu número de usuários, mas de acordo com a Nielsen Online recebeu mais de 7 milhões de visitantes em fevereiro deste ano, ante 475 mil em fevereiro do ano passado.

No entanto, Martin diz que um índice de retenção de 40 por cento limitaria o crescimento do site a um alcance de 10 por cento, no longo prazo.

"Simplesmente não existem usuários novos suficientes para compensar os perdidos, depois de um certo ponto", afirmou ele.

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