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13/05/2009 - 12h22

Asustek quer vender 13 milhões de portáteis este ano

TAIPEI (Reuters) - Pioneira no segmento de netbooks, a Asustek informou nesta quarta-feira que pretende vender 13 milhões de computadores portáteis neste ano, volume 25 por cento acima em relação ao ano passado. Analistas disseram, no entanto, que a companhia pode ter de abrir mão de sua participação de mercado diante dos esforços de reorganização.

A meta de vendas será aproximadamente dividida entre notebooks e netbooks (que são notebooks com tela menor e menos recursos), afirmou o vice-presidente de operações da Asustek, Tony Chen, a repórteres em um evento da companhia. Ele acrescentou que prevê que as vendas cresçam na segunda metade do ano.

"Nós estamos ganhando força para a segunda metade do ano, e as vendas devem aumentar conforme expandimos a linha de produtos", explicou Chen.

A empresa de pesquisa em tecnologia IDC projetou que as vendas globais de netbooks neste ano subirão quase 90 por cento, para 22 milhões de unidades, e a meta da Asustek de comercializar perto de 6,5 milhões de unidades fará com que ela tenha uma fatia de 33,8 por cento do mercado.

Entretanto, analistas observaram que os 4,5 milhões de Eee PCs (nome do modelo da Asustek) comercializados no ano passado frente à meta de 6,5 milhões para este ano representa crescimento de cerca de 44 por cento, ficando atrás do mercado em geral.

"Tendo em mente que eles venderam cerca de 4,5 milhões de unidades no ano passado, esta meta não parece particularmente difícil, especialmente quando o mercado está crescendo a um ritmo muito mais rápido", explicou Angela Hsiang, analista da KGI Securities.

Em comparação, a concorrente de maior porte Acer pretende vender de 10 milhões a 12 milhões de netbooks neste ano, o que representará uma fatia de mais de 50 por cento do mercado, segundo estimativa da IDC.

A Asustek criou o netbook em 2007, mas tem perdido participação desde que grandes fabricantes como Acer, HP e Dell entraram no segmento, e conforme luta para se reorganizar na tentativa de retornar à lucratividade.

A companhia anunciou no final do mês passado lucro surpreendente no primeiro trimestre, basicamente resultante dos ganhos de subsidiárias.

A nova meta é inferior à anterior, de 7,2 milhões de netbooks e 6,5 milhões de laptops convencionais, que a companhia estabeleceu no último ano, porém reduziu mais tarde em meio à falta de visibilidade causada pelo declínio econômico.

(Reportagem de Kelvin Soh)

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