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08/06/2009 - 13h59

Aposta em 3D começa a fazer diferença para indústria da mídia

Por David Brett

LONDRES (Reuters) - Os sistemas 3D digitais parecem ser uma fonte importante de receitas para empresas que variam de cadeias de cinema a criadores de software, conforme empresas apostam nesse formato que atravessa franco aperfeiçoamento e pode ser capaz de lançar uma nova era do entretenimento.

A nova tecnologia já está promovendo uma elevação nas bilheterias mundiais de cinema e, caso ganhe mais força, analistas veem potencial de um crescimento substancial de receita em 2010.

Empresas como Cineworld, BSkyB, Pace e DDD Group devem se beneficiar dos investimentos que os estúdios de Hollywood e outros interessados realizam em novos produtos em três dimensões.

"Os filmes lançados em 3D geram duas ou três vezes a receita dos títulos em 2D e, em certos casos, essa diferença pode ser de até seis vezes", disse Kimberly Maki, diretora executiva da Sociedade de Engenheiros de Cinema e Televisão.

Estatísticas do setor demonstram que a refilmagem em 3D do filme de terror "Dia dos Namorados Macabro", dos anos de 1980, respondeu por 71 por cento da bilheteria total do título. Trata-se de um novo recorde para o 3D, e as salas que exibiam a versão em três dimensões do filme registraram bilheterias seis vezes mais elevadas na semana de estréia da produção.

O caminho que está conduzindo ao 3D foi iniciado cerca de 100 anos atrás, quando a técnica foi lançada inicialmente. Os primeiros filmes em três dimensões foram projetados no Astor Theater, de Nova York, em 1915. Avanços tecnológicos e os óculos com lentes azuis e vermelhas geraram booms curtos de produções 3D nos anos de 1950 e 1980.

A chegada da era digital e de novos óculos especiais incorporando os avanços do século 21 permitem que a tecnologia agora ressurja em forma que parece mais duradoura.

Cerca de 30 filmes em 3D têm lançamento planejado para 2009, em todo o mundo, entre os quais Avatar, a mais cara produção 3D já realizada. Trata-se de um épico de ficção científica com orçamento de 200 milhões de dólares, dirigido por James Cameron, o diretor de Titanic, o maior sucesso de bilheteria da história do cinema.

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