Quem será o próximo unicórnio brasileiro?

Alice Salvo Sosnowski

Alice Salvo Sosnowski

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    Mercado brasileiro está pronto para receber mais startups de US$ 1 bilhão

    Mercado brasileiro está pronto para receber mais startups de US$ 1 bilhão

O tema empreendedorismo domina cada vez mais a pauta de negócios no Brasil. O mercado de startups (empresas de base tecnológica com alto potencial de escala) cresce exponencialmente fazendo com que surjam novas startups candidatas ao título de unicórnio, ou seja, empresas que valem mais de US$ 1 bilhão no mercado.

Em 2018, o Brasil teve três startups incluídas neste Olimpo. O primeiro unicórnio foi o aplicativo de transportes 99, que logo no início de janeiro foi comprada pela empresa chinesa Didi Chuxing.

No mesmo mês, a PagSeguro, uma empresa que nasceu do UOL (conhecida como spin-off) abriu o seu IPO no mercado de capitais e captou 2,6 bilhões de dólares em sua estreia na Nasdaq, a bolsa de Nova York.

O terceiro unicórnio brasileiro foi a Nubank, uma fintech com soluções financeiras desburocratizadas que foi eleita uma das empresas mais inovadora da América Latina, segundo a revista Fast Company.

O que estas três empresas têm em comum? Além de serem startups com foco em tecnologia, equipe enxuta e custos reduzidos, elas criaram serviços que conquistaram o público e têm ambições de atingir o mercado global.

As empresas unicórnios são importantes para a economia não só porque movimentam o ecossistema e atraem a atenção de fundos de investimento do mundo inteiro, mas também porque inspiram outros empreendedores a atingir marcas parecidas.
E o mercado nacional mostra sinais de quem vem outros unicórnios por aí. Algumas startups em especial já apresentam operações consolidadas, crescimento exponencial e potencial para entrar neste seleto grupo. 

Uma delas é o GuiaBolso, uma fintech de planejamento financeiro pessoal que já atingiu 4 milhões de usuários e recebeu mais de 200 milhões de aporte financeiro desde a sua fundação em 2014.

Outra é a Movile, a startup por trás de aplicativos reconhecidos no mercado como iFood, Sympla e Play Kids. A empresa que começou desenvolvendo jogos para operadoras de celular passou a desenvolver aplicativos e nos últimos tempos incluiu mais de 20 startups em seu portfólio somando 100 milhões de usuários ativos mensalmente.

E a PSafe, empresa de segurança dona de antivírus para smartphones Android, é outra que está no páreo. Com 22 milhões de usuários mensais, a startup foca principalmente no mercado americano, inclusive com escritório no Vale do Silício.

Fora essas três apostas, tem outras dezenas de empresas que estão se preparando para entrar nesta corrida. Em um país com mais de 10 mil startups e 800 aceleradoras investindo em negócios inovadores é de se esperar que tenhamos em breve outras empresas para chamar de unicórnios brasileiros. Isso significa não apenas mais força para o mercado nacional, mas também geração de riqueza e trabalho, o que é uma ótima notícia para a nossa economia.

Alice Salvo Sosnowski

Alice Salvo Sosnowski é jornalista, especialista em empreendedorismo e sócia da agência digital Cinética. Autora do livro Empreendedorismo para Leigos e criadora da metodologia O Pulo do Gato Empreendedor©, atua também como professora da PUC-SP e influenciadora da Rede Mulher Empreendedora. Email: alice@cinetica.ag

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