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Previsão de terremotos e mundo da moda: 10 usos da inteligência artificial

Do UOL, em São Paulo

21/03/2018 04h00

Em 1955, quando Elvis Presley começava a aparecer na TV (preto e branco) e Bill Gates estava prestes a nascer, o cientista da computação norte-americano John McCarthy colocou no mundo o termo "inteligência artificial", um campo de conhecimento baseado nas possibilidades das máquinas pensantes.

McCarthy morreu em 2011, vivendo o bastante para perceber que sua criação estava e estará em toda parte. De startups a gigantes como Google, Facebook e Apple, atualmente todos amam pesquisar e desenvolver aplicações baseadas em IA e recursos afins, como robótica, automação e aprendizado de máquina. O paradigma reinante agora é que os programas pensarão e trabalharão no nosso lugar em quase tudo.

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Todo avanço emergente também traz temores, e com a IA não é diferente: fala-se que robôs deixarão milhões de humanos desempregados, além de trazer uma série de novos infortúnios como fraudes mais inteligentes e ataques hackers massivos e mais eficientes.

Mas fizemos a lista abaixo para os otimistas. Elencamos dez possibilidades benéficas do cotidiano que a inteligência artificial já está realizando ou poderá realizar em breve. Ah, escolhemos apenas aplicações específicas; então assistentes virtuais de uso geral, como Siri e Google Assistente, ficaram de fora. Saca só. 

  • Saúde

    Um estudo recente com 31 pesquisadores do Google afirma ter criado um programa que prevê se um paciente morrerá no hospital, receberá alta ou será readmitido, além de seu diagnóstico final. Seu maior mérito, dizem, é a capacidade de prever as mortes dos pacientes de 24 a 48 horas, o que poderia permitir tempo para os médicos administrarem procedimentos de salvação. O Google também está por trás de uma IA que analisa a parte de trás do olho de um paciente para deduzir com precisão o risco de sofrer um ataque cardíaco. Outra IA criada na Universidade da Pensilvânia determina quais pacientes são mais propensos a se beneficiar de uma imunoterapia específica contra câncer. Leia mais

  • Prevenção de desastres

    O pesquisador Thibaut Perol, da Universidade de Harvard, diz ser capaz de usar inteligência artificial para ampliar a sensibilidade dos sismógrafos, os detectores de terremotos, com 17 vezes mais eficácia do que métodos antigos. O método é semelhante ao software de detecção de voz usado por assistentes digitais como Alexa e Siri: em vez de filtrar a voz do usuário em meio ao resto do ruído da sala, como os assistentes citados fazem, a técnica antiterremoto separaria os ruídos geológicos normais da Terra dos que têm potencial para virar tremores mais sérios.

  • Auxílio psicológico

    Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles afirma ter criado um terapeuta artificialmente inteligente, acessado por um login em um website. A TEVI, sigla para interface virtual empática Textpert (nome do grupo de pesquisadores que a criou), é um software que, estima-se, terá conversas completas com seus pacientes até o final de 2018 e trabalhará em tempo integral como terapeuta até o final de 2019. Para o cliente, custará US$ 9,99 (R$ 34) por mês.

  • Táxi automatizado

    Está vindo em breve um serviço de táxi da Sony controlado por inteligência artificial. Cinco companhias de táxi japonesas vão utilizar o novo sistema de controle que vai enviar táxis e prever a demanda por veículos baseado em fatores como clima, trânsito e eventos. Por enquanto, os táxis continuarão a ser pilotados por humanos. O serviço será lançado no segundo trimestre no Japão. Leia mais

  • Moda

    Um projeto piloto com IA desenvolvido pela Microsoft tem o objetivo de identificar, por meio da análise de uma foto capturada com o "look do dia", o estilo de uma pessoa e recomendar uma coleção de roupas que podem agradá-la. A plataforma foi treinada com mais de 55 milhões de imagens e consegue facilmente reconhecer padrões e sugerir combinações baseadas nestes padrões. Leia mais

  • Fotografia

    Há alguns anos que o Google Fotos e o Apple Fotos vêm experimentando inteligência artificial para organizar fotos. Vai desde o reconhecimento automatizado de rostos até o tagueamento de objetos nas imagens --experimente digitar "cachorro" ou "sutiã" na busca deles, por exemplo. Mas a IA também pode te ajudar antes disso: a tirar fotos melhores. Por exemplo: o celular LG V30S Thinq, lançado na MWC deste ano, consegue recomendar o melhor modo de disparo em função do objeto mostrado, além de sugerir compras com base no reconhecimento das imagens. Leia mais

  • Filtro da internet

    Cada vez mais pressionado a filtrar melhor os conteúdos ofensivos e de ódio da internet, empresas como Google e Facebook estão experimentando inteligência artificial para que a filtragem fique tão precisa que retire o conteúdo do ar antes mesmo que ele atinja as pessoas. Na prática, isso significa remover vídeos de propaganda do Estado Islâmico e na sequência evitar, de forma automática, que o mesmo vídeo seja carregado na rede social. Ou bloquear instantaneamente vídeos com conteúdo ilegal, como pornografia infantil e estupro, segundo o Facebook disse à Justiça da Índia. Leia mais

  • Reprodução

    Produção musical

    A cantora e youtuber Taryn Southern (foto) permitiu a criação de arranjos de seu novo disco, "I Am AI" em quatro programas de IA: Amper Music, Watson Beat (da IBM), Google Magenta e AIVA. Os artistas inserem a gravação original nos softwares, que por sua vez criam o restante da canção seguindo certos parâmetros (gênero, tempo e estilo) em alguns minutos. Este será o primeiro disco totalmente composto e produzido por inteligência artificial e está com lançamento previsto para maio.

  • Pornografia

    Nem todo mundo se dá conta, mas a indústria do pornô gosta de experimentar novidades da tecnologia. E a IA também está com tudo em cima (sem trocadilhos): além da Realbotics ser uma das primeiras fabricantes a lançar robôs sexuais inteligentes, o site de conteúdo adulto YouPorn usou inteligência artificial para prever as tendências nas buscas do site em 2018, para identificar as preferências do seu público. Leia mais

  • Melhoria da produtividade

    O monitoramento de emoções aliado a programas de inteligência emocional podem ser a próxima evolução na produtividade no trabalho. É o que a Philips anda desenvolvendo em parceria com o banco holandês ABN AMRO. O Rationalizer é uma ferramenta em testes composta por um bracelete que vai no pulso dos corretores do banco e mede seu estado emocional via atividade elétrica subcutânea (similar a um detector de mentiras). Luzes LED mostram a intensidade dessas emoções com padrões de cores. Se estiverem vermelhas, é hora do corretor-cobaia dar uma relaxada. Leia mais