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Smartphone Multilaser Mercury peca na tela sensível, mas compensa com bom teclado

Multilaser Mercury tem teclado espaçoso, mas sua tela sensível é imprecisa; preço sugerido é de R$ 430   - Divulgação
Multilaser Mercury tem teclado espaçoso, mas sua tela sensível é imprecisa; preço sugerido é de R$ 430 Imagem: Divulgação

Flávio Carneiro

Do UOL, em São Paulo

24/05/2012 06h03

A experiência de utilizar o smartphone Multilaser Mercury pode ser dividida em duas: o sofrimento de trabalhar com o péssimo touchscreene o prazer de usar o excelente teclado QWERTY físico. Como dizem que a primeira impressão é a que fica, as opiniões sobre o aparelho podem ser controversas, de acordo com a forma de uso do telefone.

No caso do UOL Tecnologia, a primeira ação foi dedilhar a tela. E assim a frustação começou logo depois de ligar o equipamento. Com um sistema de toque pouco sensível e nada preciso, só encostar o dedo não foi o suficiente para abrir ícones, por exemplo. Foi necessário um pouco de firmeza ao tocar a tela para que o aparelho respondesse.Nesses casos, a tela touch (toque) vira tela punch (soco).

Direto ao ponto

Nome:Multilaser Mercury
Sistema operacional:Android 2.2
Câmera:2.0 megapixels
Teclado:QWERTY e touchscreen
Preço sugerido:R$ 430 (desbloqueado)
Pontos positivos:Teclado espaçoso, facilitando a digitação; capacidade para dois chips, recurso não tão comum em smartphones.
Pontos negativos:Touchscreen impreciso e com pouca sensibilidade, alto consumo de bateria; câmera inútil sem cartão SD, que não acompanha aparelho

A falta de precisão tornou algumas atividades insuportáveis. Esqueça o bom desempenho em jogos (como “Angry Birds”, pré-instalado no aparelho), já que o comando geralmente é interpretado no lugar errado. A barra superior do Android, que mostra algumas ações sendo realizadas no sistema, exige dedicação para ser acessada. É comum passar o dedo por ela pelo menos dez vezes antes de ter o comando devidamente compreendido e acionado.

O acelerômetro do telefone é tão ruim quanto à tela touchscreen. O elemento demora muito para entender se o celular está na vertical ou horizontal e mudar a tela. Outro problema curioso: o Mercury está programado para tirar fotos apenas depois de que um cartão SD for inserido – item que não está incluso na embalagem. Assim, a câmera fotográfica do aparelho somente passa a funcionar depois de o usuário adquirir a mídia.

Passada toda a irritação relatada, a saída encontrada pela reportagem foi utilizar os comandos no teclado. E, aí sim, as coisas começaram a melhorar. As teclas bem espaçadas e com tamanho razoável facilitam a digitação. É possível substituir o touchscreen pelo teclado físico sem perdas aparentes. Aliás, quando é feita a troca, somente há ganhos: digitação rápida e rasteira, respostas rápidas do aparelho.

A grande quantidade de aplicativos e funcionalidades é também outro ponto alto do Mercury. Como se tratade um smartphone dotado do sistema operacional Android, há uma infinidade de programinhas que podem ser adotados pelo telefone. Além disso, complementando sua vocação multitarefa, o equipamento da Multilaser é capaz de suportar dois chips, recurso não muito comum nos principais smartphones do mercado brasileiro (por outro lado, em celulares, essa é uma tendência cada vez mais comum).

O smartphone já é vendido com o Advanced Task Killer instalado de fábrica. O programinha é usado para fechar os apps que continuam abertos, consumindo bateria, mesmo sem estarem sendo utilizados. Falando em consumo, o smartphone da Multilaser não foge ao comum nesse aspecto e também precisa ver a tomada com frequência. Se o usuário usar a internet e alguns jogos, a duração não passa de um dia.