Topo

Facebook chega a 1 bilhão de usuários com Brasil entre os 5 países mais conectados à rede

O cofundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em post na rede social que espera poder conectar o restante do mundo na rede  - Paul Sakuma/AP
O cofundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em post na rede social que espera poder conectar o restante do mundo na rede Imagem: Paul Sakuma/AP

Do UOL, em São Paulo

04/10/2012 09h46

Ao anunciar a chegada à marca histórica de 1 bilhão de usuários nesta quinta (4), o Facebook informou também que o Brasil está entre os cinco países que mais usam rede social. Além dele, completam a lista Índia, Indonésia, México e Estados Unidos.

Outros dados mostram números “estratosféricos” da rede social criada por Mark Zuckerberg em fevereiro de 2004. O Facebook já tem cerca de 600 milhões de usuários móveis – que acessam o serviço a partir de smartphones e tablets. Desde seu lançamento, a rede social já registrou 1,13 bilhão de “Curtidas” em posts, 140 bilhões de conexões entre contatos e 219 bilhões de fotos foram publicadas na rede.

Na mensagem sobre a marca histórica atingida, Zuckerberg, atual CEO da companhia, escreveu que “ajudar 1 bilhão de pessoas a se conectar é fantástico, singelo e de longe a coisa que mais tenho orgulho de ter feito durante a minha vida”. Além disso, afirmou que está comprometido com a melhora do serviço. “Felizmente, juntos um dia, estaremos aptos a conectar o resto do mundo também.”

O Facebook atinge a maior quantidade de usuários de sua história ao mesmo tempo em que vê suas ações perdendo valor na bolsa de valores americana. No fim de setembro desde ano, os papéis da empresa chegaram a valer cerca de metade do valor que eram negociados em sua oferta pública inicial, em maio.

Brasileiro ajudou a fundar empresa

Em 2003, o brasileiro Eduardo Saverin iniciou o curso de Economia na universidade de Harvard. Foi lá onde conheceu Mark Zuckerberg, logo que entrou no curso. No ano seguinte, eles fundaram o “Thefacebook”, que mais tarde tornaria-se a maior rede social do mundo. 

Zuckerberg, estudante de Ciência da Computação, já tinha experiência na criação de outras duas redes sociais embrionárias (a Coursematch, que permitia aos alunos verem listas dos matriculados na universidade, e a Facemash, rede que “media” a atratividade dos estudantes).

  • Arquivo pessoal/Facebook

    O Facebook processou Saverin, alegando interferência do brasileiro nos negócios. Ele processou a rede social de volta, depois de ver a participação de 24% no capital do Facebook ser reduzida para menos de 10%. Ganhou a ação e mantém até hoje 5% nos ganhos

O “Thefacebook” fez grande sucesso entre os estudantes de Harvard em pouco tempo: em 24 horas, havia 1,2 mil inscritos, segundo o jornal "The Guardian". Em um mês, metade dos alunos da graduação já utilizava a rede. Com a abertura a outras universidades, a rede social acabou crescendo num ritmo rápido.

O perfil oficial dos fundadores, no próprio Facebook, diz que “Eduardo” administrou o desenvolvimento de negócios e aspectos comerciais da rede social em seus primeiros anos.

Os problemas vieram quando os dois começaram a divergir quanto ao rumo da rede social, conforme escreveu David Kirkpatrick, autor do livro "The Facebook Effect: The Inside Story of the Company That Is Connecting the World" (ainda não disponível em português). Enquanto Zuckerberg queria “engordar” o “Thefacebook” com mais usuários, Saverin era a favor de “engordar” as receitas do site, com a inserção de mais espaços publicitários.

Sem chegar a um acordo sobre o futuro da rede social, Saverin deixou a empresa e continuou os estudos em Harvard. Enquanto isso, Zuckerberg largou a faculdade e mudou-se para a Califórnia.

Um ano depois, o Facebook processou Saverin, alegando interferência do brasileiro nos negócios da empresa. De acordo com a "Forbes", o intuito era diminuir sua participação nos ganhos totais. Ele processou a rede social de volta, depois de ver a participação de 24% no capital do Facebook ser reduzida para menos de 10%. Saverin ganhou a ação judicial e mantém até hoje 5% nos ganhos da empresa. Ainda segundo a "Forbes", o brasileiro é o 356º homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 1,15 bilhão.