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Hacker propõe 'jogo' no Japão e prende pistas sobre novo vírus em coleira de gato

Do UOL, em São Paulo

14/01/2013 09h37

Um hacker japonês colocou um cartão de memória na coleira de um gato de rua com detalhes sobre um novo vírus de computador que ele mesmo vem usando. A polícia encontrou o animal na semana passada, depois de o próprio hacker enviar mensagens a órgãos de imprensa dizendo que informações sobre o código malicioso estavam com um gato, que vive perto de Tóquio (assista ao vídeo ao lado, divulgado pelo Rocketnews24).

Segundo o “Gawker”, a polícia japonesa ainda analisa os arquivos contidos no cartão. 

Recentemente, no Brasil, agentes do presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza, em Arapiraca (AL), interceptaram um gato branco entrando na unidade prisional com duas serras, duas brocas para concreto, um fone de ouvido, um cartão de memória, um celular, três baterias e um carregador de celular.

A “Wired” define a charada no Japão como o capítulo mais recente na caça de um hacker que tem agido de forma agressiva nos últimos meses. Em dezembro, a Agência Nacional de Polícia (um órgão japonês equivalente ao FBI) ofereceu o equivalente a R$ 68,7 mil para quem o entregasse à polícia. Ele já mandou e-mails com ameaças de bomba, incluindo uma escola onde estudam os netos do imperador Akihito.

Na mensagem de e-mail sobre o gato, enviada à imprensa no dia de ano novo, o responsável pela mensagem falava em um “convite para um novo jogo”, que poderia levar a um grande furo jornalístico.

De acordo com a “Wired”, o vírus criado pela pessoa em questão chama-se iesys.exe e age sem deixar rastros. A praga ganhou o nome de “vírus de controle remoto”, pois permite que seu autor envie ameaças – como as de bomba -- usando computadores de todo o país, sem que seja possível identificar a localização de seu autor.

No ano passado, quatro pessoas foram detidas no Japão sob acusação de enviar esses e-mails ameaçadores. Mas eles continuaram sendo enviados após as prisões, e a Agência Nacional de Polícia acabou admitindo que havia cometido um erro.