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Aplicativo Cidade Legal ajuda a denunciar problemas como buracos na rua e semáforos quebrados

Imagem do aplicativo para smartphone Cidade Legal, da WBF Mobile, lançado em 2013 para iOS e Android - Divulgação
Imagem do aplicativo para smartphone Cidade Legal, da WBF Mobile, lançado em 2013 para iOS e Android Imagem: Divulgação

Márcio Padrão

Do BOL, em São Paulo

18/05/2013 12h00

O potencial da combinaçao de smartphones com aplicativos ainda está longe de se esgotar. Combinando-se alguns de seus recursos mais poderosos, como a internet móvel, o GPS e a câmera, o celular pode transformar seu usuário em uma unidade independente de denúncias do que está acontecendo ao seu redor.

A empresa brasileira WBF Mobile é uma das que estão investindo no filão de aplicativos "cidadãos", com o seu Cidade Legal, presente desde março no sistema iOS e que aportou na semana passada no Android. O objetivo é fazer com que você identifique e divulgue os problemas de infraestrutura de sua cidade, fotografando, marcando no mapa e postando nas redes sociais. As fotos não sobem de imediato, pois o sistema verifica se a ocorrência é real, e, cerca de duas horas depois, a foto é anexada à ocorrência.

"A inspiração veio quando cheguei em casa e tinha uma caçamba de lixo parada no estacionamento. A empresa e a prefeitura disseram que não podiam fazer nada e fiquei um mês convivendo com a situação. A partir daí, reuni a equipe e ficamos dois meses coletando informações de problemas similares", conta Wilson Baraban, diretor de desenvolvimento da WBF Mobile.

A empresa, que defende que seu produto é inédito no mundo inteiro, chegou a uma lista de 44 diferentes problemas que podem ser identificados pelos usuários, como buracos nas ruas e calçadas, semáforos quebrados, postes apagados e lixo espalhado, entre outros. Em cerca de dois meses, já obteve 780 pontos marcados e 2.500 downloads na versão para iPhone.

O passo seguinte dos criadores do app está em andamento; eles negociam com 11 prefeituras brasileiras para que estas possam vir com as soluções - ou agendamento das mesmas - dos problemas levantados pelos usuários.

Colaboração

Uma iniciativa similar de "app cidadão" lançada no Brasil no ano passado foi o Safe City, da i4People, mas, ao contrário do Cidade Legal, o foco era mapear os crimes ocorridos em cada bairro. A empresa lançou versões para iOS e Android, que custam R$ 6,16 o download, mas a baixa procura do público fez com que a empresa desistisse de novas atualizações.

Ainda é cedo para saber o que será do Cidade Legal, porém seus criadores estão otimistas. "É importante para o desenvolvimento do aplicativo a participação maciça dos usuários, pois quanto mais pessoas marcam uma ocorrência, maior o peso da mesma", defende Baraban.