"Ninguém está a salvo de grampos na internet", alerta analista de segurança
O episódio de espionagem na internet envolvendo a NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) ajudou a deixar usuários no mundo mais atentos à possibilidade de ter suas comunicações interceptadas. Mas poucos sabem como evitar isso e, pior, ninguém está a salvo dos grampos. O alerta é de Ricardo Kléber, professor da área de segurança de redes de computadores do IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte).
Durante apresentação sobre o tema na Campus Party 2014, Kléber foi categórico ao afirmar que somos vulneráveis a interceptações ilegais, até mesmo em situações corriqueiras.
“Chegar a um local chato e ver o Wi-Fi aberto é uma alegria para o usuário de smartphone. Mas alguém ali, sem ele perceber, pode usar artifícios para interceptar o que ele está acessando”, explicou Kléber.
O interesse em fazer isso, avisa ele, não é apenas dos cibercriminosos em busca de dados bancários de alguém. O interceptador pode ser alguém próximo, como um parceiro amoroso ou ex.
Como se proteger
Várias das ações de segurança para evitar grampos na internet são da incumbência dos próprios sites e serviços na internet, como uso de criptografia e a implantação de protocolos de comunicação seguros.
Dicas
Observe se a conexão do site ou serviço na internet se inicia com https://. Isso indica que a conexão é segura e autenticada |
Use um software de segurança no dispositivo que acessa a internet |
Evite usar redes Wi-Fi abertas, grátis ou públicas |
Se usou uma rede Wi-Fi desprotegida, troque senhas dos serviços que acessou com ela |
Um deles é o https: ao ver a sigla na barra de endereços do navegador, isso indica que a conexão é segura e autenticada. Sites como Twitter, Facebook e alguns provedores de webmail usam o protocolo.
Isso não significa que usuários comuns tenham de ficar à mercê desse tipo de ataque. “A dica de sempre é que a pessoa use um bom antivírus. Isso já impedirá, por exemplo, o pharming scam, quando a praga é instalada no computador e redireciona o usuário para um site falso”, detalha Kléber.
Outra dica é evitar o uso de redes Wi-Fi abertas, alvo fácil de cibercriminosos. “Se for usar, que seja para tarefas simples como navegar em sites. Nunca para ler e-mails ou acessar serviços que exijam senha e login.”
Caso não tenha seguido o conselho, Kléber brinca que ao chegar em casa, fazendo uso da conexão privada, o usuário saia “limpando a sujeira” que pegou na rua. “Troque a senha do e-mail e de outros serviços que usou, por via das dúvidas.”
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