G Flex usa tela curva como chamariz para brigar com smartphones de ponta
O G Flex é um dos projetos mais ousados já feitos pela LG em função do formato curvo do corpo do smartphone – o primeiro do tipo comercializado no mercado. O aparelho, que estreou para brigar com Samsung Galaxy S5 e outros modelos top de linha, chegou ao Brasil no fim de abril com valor sugerido de R$ 2.700 (desbloqueado). Trata-se, portanto, de um dos smartphones mais caros do país.
Apesar do design inovador e tela realmente impressionante (especialmente por causa do brilho), o software não segue essa mesma linha de inovação: trata-se de um cumpridor Android 4.2 (Jelly Bean), com modificações da fabricante sul-coreana.
Durante os testes, o sistema não engasgou ao rodar programas ou fechou aplicativos repentinamente. No entanto, ainda deixa a desejar quanto à experiência.
Suas cinco áreas de trabalho podem complicar a organização de aplicativos, e a loja de aplicativos Smartworld (da LG) tem opções importantes de aplicativos, porém o Phone Safe (que promete proteger o aparelho em caso de roubo), desenvolvido pela própria fabricante, só está disponível em coreano. Na dúvida, é melhor apostar nos apps do Google Play.
Entre as funcionalidades de fábrica que merecem destaque estão a QSlide (permite rodar alguns aplicativo simultaneamente) e a Quick Remote (transforma o aparelho em um controle remoto universal de eletrônicos, mesmo de outras marcas).
Hardware
Nas configurações, o aparelho faz bonito. Tem processador Qualcomm Snapdragon quad-core (quatro núcleos) de 2,2 GHz, 2 GB de memória RAM, 32 GB para armazenamento e um conjunto de câmeras de 13 megapixels (traseira) e 2,1 megapixels (frontal).
Ele também se sai bem no visual, com formato curvo bonito e chamativo. Some a isso a tela de 6 polegadas com resolução HD (alta resolução) e você terá gosto de assistir a vídeos no dispositivo.
A curvatura ajuda a reduzir o reflexo na tela, e o formato wide passa uma sensação de cinema (segundo a LG, essa estrutura causa uma sensação de imersão – algo que realmente funciona na prática). Nesse bom conjunto, foi o brilho forte e vivo emitido pela tela que chamou mais a atenção da reportagem.
A tela de 6 polegadas faz do aparelho um dos maiores disponíveis do mercado e isso não é, necessariamente, algo legal. Levá-lo até o rosto para atender uma ligação é bem estranho, considerando que ele tampa praticamente toda a região da orelha. Transportá-lo também não é tarefa das mais confortáveis, assim como encaixá-lo no bolso da calça (para as mulheres, a primeira opção deve ser a bolsa).
Na parte traseira, a LG aplicou uma capa chamada "self-healing" (autocura). Segundo a empresa, ela é feita de polímeros que recuperam automaticamente a superfície de riscos após algum tempo. Durante os testes, foram feitos alguns arranhões com um clipe na parte traseira, e a capa cumpriu o prometido. Ponto para a LG.
Fácil de usar
Apesar do tamanho, utilizar o G Flex é fácil - mesmo para quem tem mãos pequenas. O desbloqueio do aparelho é facilitado pelo recurso knock on, que permite travar ou desbloquear o telefone com uma sequência de toques (de fábrica, são quatro para a primeira opção, dois para a segunda).
Além disso, os botões físicos ficam na parte traseira do dispositivo, o que evita toques involuntários nos cantos da tela – esse recurso, comum nos novos aparelhos da marca, também é muito útil para quem gosta de fazer selfies.
Há também uma opção reduzida de teclado virtual, que permite digitar com apenas um dedo. Como a largura de tela é grande, é possível “comprimir” a área do teclado em metade do display.
Câmeras
O aplicativo de câmera tem recursos interessantes como controle de brilho, opções de foco, configuração de ISO e aplicação de efeitos de cor (como sépia, monocromático e negativo).
A qualidade de imagem na opção de 13 megapixels é boa, mas, como em quase toda câmera de smartphone, não manda muito bem em locais pouco iluminados. Dá para quebrar o galho, mas o comum é que a foto saia um pouco granulada.
Para quem gosta de filmar, o G Flex também captura vídeos em UltraHD (3.840 x 2.160 pixels) – mas prepare-se, pois os arquivos ficam gigantes (uma gravação de 11 segundos gerou um arquivo de 40 MB, equivalente a 40 fotos em alta definição). No final, o resultado nem parecera tão superior ao de vídeos HD feitos com o mesmo equipamento.
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