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Poltronas articuladas são boa opção ao 'exagero' das salas 4D

Sala de cinema D-Box Cinemark - Divulgação
Sala de cinema D-Box Cinemark Imagem: Divulgação

Flávio Carneiro

Do UOL, em São Paulo

13/08/2014 06h00

Duas novidades fizeram do cinema uma boa opção de entretenimento para o meu último sábado (9): um filme legal (“Guardiões da Galáxia”) e as novas poltronas articuladas da Cinemark, chamadas de D-Box, que despertaram minha curiosidade.

Assim como acontece no 4D, as cadeiras do D-Box se mexeram de acordo com as cenas do filme, me jogando de um lado para o outro, com solavancos e tudo mais (e com isso cumpriram sua promessa inicial).

Mas, muitas vezes, os filmes são bem (bem) longos e isso pode fazer com que os movimentos se tornem um incômodo. É aí que está o truque das cadeiras D-Box: os usuários podem diminuir e até desativar a movimentação.

O controle, acoplado ao braço, é bem intuitivo e realmente funcionou. Com três ou quatro apertadas, a poltrona sossegou e fingiu ser só mais uma entre as demais (mas como ela é vermelha e as comuns são pretas, o disfarce não daria certo).

Essa customização é especialmente importante para mim. Quando fui ao cinema 4D pela primeira (e última) vez, saí do local irritado. Isso porque resolvi assistir “O Hobbit: A Desolação de Smaug”, um filme com mais de três horas de duração. Como não era possível desativar os recursos, depois da metade do filme eu já não aguentava mais tudo se mexendo - queria terminar de assistir ao filme em pé.

Uma amiga, que estava grávida, chegou a se sentir enjoada com tanto mexe-mexe. Você pode até dizer “se ela estava grávida, era melhor não ter ido”. É, pode ser. Mas se ela conseguisse desligar aquela confusão de recursos, tudo estaria resolvido.

O custo dessa tecnologia é repassado aos consumidores. Enquanto a entrada para um filme 3D com D-Box custa R$ 48 aos sábados no Cinemark, a modalidade sem cadeiras articuladas sai por R$ 30. 

De fato, o cinema com movimentos e outras interações é uma opção divertida e diferente. Mas há quem não goste. Ou até quem goste e de repente mude de ideia. Por isso, um botão de ligar e desligar é sempre bem-vindo.

Em tempo: quem pretende ir ao cinema para dar um beijo numa gatinha (o) ou criar um clima romântico, esqueça os formatos 4D e D-Box. As poltronas (por serem articuladas, acredito) são tão longes uma das outras que mal é possível dar as mãos. Sem dizer que os óculos podem ser um baita empecilho para um beijo.