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Justiça determina que WhatsApp identifique autores de montagens pornô

Justiça pede que WhatsApp divulgue informações de grupos que, supostamente, ofenderam uma estudante universitária; Facebook, que comprou o WhatsApp neste ano, disse que ainda não completou aquisição do aplicativo -  Mal Langsdon/Reuters
Justiça pede que WhatsApp divulgue informações de grupos que, supostamente, ofenderam uma estudante universitária; Facebook, que comprou o WhatsApp neste ano, disse que ainda não completou aquisição do aplicativo Imagem: Mal Langsdon/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/09/2014 16h25Atualizada em 15/07/2020 20h58

Uma decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) estabeleceu que o Facebook Brasil, empresa proprietária do aplicativo WhatsApp, informe quem são as pessoas envolvidas em dois grupos de conversas da plataforma. De acordo com o processo, houve mensagens e montagens pornográficas com imagens de uma estudante universitária de São Paulo.

A determinação é do dia 18 de setembro. No entanto, o órgão de justiça só divulgou em seu site nesta quarta-feira (24).

Questionado pela reportagem, o Facebook do Brasil disse que "não comenta casos específicos". Além disso, informou que a aquisição do serviço de mensagens não foi concluída e que as companhias funcionam de forma independente.

De acordo com a decisão, apesar da resposta, a medida proposta pela Justiça é passível de cumprimento. "O serviço do WhatsApp é amplamente difundido no Brasil e, uma vez adquirido pelo Facebook e somente este, possuindo representação no país, deve guardar e manter os registros respectivos, propiciando meios para identificação dos usuários e teor de conversas ali inseridas - determinação, aliás, que encontra amparo na regra do artigo 13 da Lei 12.965/2014 (conhecida como Marco Civil da Internet)", afirmou o desembargador Salles Rossi, que é o relator do caso.

A Justiça exige que o WhatsApp divulgue informações referentes aos IPs dos perfis indicados pela autora da ação e o teor das conversas dos grupos entre os dias 23 e 31 de maio de 2014. A companhia tem cinco dias para passar essas informações.