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"Explosivo" celular Galaxy Note 7 voltará a ser usado de forma restrita

Celular Galaxy Note 7, da Samsung, que pegou fogo mesmo após reparos - Brian Green
Celular Galaxy Note 7, da Samsung, que pegou fogo mesmo após reparos Imagem: Brian Green

Do UOL, em São Paulo

27/03/2017 13h09Atualizada em 28/03/2017 08h04

A Samsung disse nesta segunda-feira (27) que o celular Galaxy Note 7, que foi descontinuado no ano passado por problemas que levaram alguns aparelhos a pegar fogo e explodir, voltará a ser vendido de forma restrita, como modelo "remodelado".

De forma vaga, a empresa se comprometeu em garantir que os Galaxy Note 7 serão reciclados ou reutilizados de forma ambientalmente correta. "Os dispositivos devem ser considerados como telefones remodelados [que passaram por assistência técnica e foram considerados utilizáveis] ou telefones de aluguel, quando for aplicável", diz o comunicado.

Nestes casos, a aplicação depende de "consultas com autoridades regulatórias e operadoras, bem como a devida consideração da demanda local. Os mercados e datas de lançamento serão determinados em conformidade", diz o texto da Samsung, que não definiu datas, países, operadoras ou varejistas que adotarão o Note 7 dessa forma.

Além disso, para fins de reciclagem, os componentes recuperáveis do celular deverão ser retirados pela Samsung para reutilização, e processos como a extração de metais devem ser realizados usando métodos ambientalmente corretos.

Os componentes dos Note 7 restantes, tais como semicondutores e módulos de câmara, serão retirados por empresas especializadas nesses serviços, contratadas pela Samsung, e serão utilizados para produzir aparelhos de testes.

Relembre o caso

O Galaxy Note 7 foi anunciado globalmente no dia 2 de agosto do ano passado. Três semanas depois, no dia 24, surgiu na rede social Baidu o primeiro relato de um Note 7 ter explodido enquanto carregava. No dia 31, um caso idêntico foi noticiado na Coreia do Sul. No dia 2 de setembro, a Samsung admitiu oficialmente o problema com um comunicado que citava até então ao menos 35 casos em todo o mundo e interrompia a produção temporariamente.

No dia 1º de outubro, a empresa voltou a vender o Galaxy Note 7 afirmando que o problema havia sido resolvido. Mas isso durou pouco: em 11 de outubro, a Samsung Electronics encerrou a fabricação e venda do celular Note 7 definitivamente após novos casos de fogo em aparelhos distribuídos para substituir modelos que já tinham sofrido o mesmo problema.

O Note 7 não chegou a ser comercializado no Brasil. Apenas alguns poucos aparelhos foram enviados à imprensa --o UOL recebeu e testou um deles antes de devolvê-lo a pedido da Samsung-- ou comprados no exterior ou via importação.

O resultado de uma detalhada investigação sobre as explosões envolvendo os celulares Galaxy Note 7 foi apresentado em janeiro pela Samsung. O estudo afirma que algumas das baterias de íon-lítio estudadas registraram curto-circuitos internos e que algumas não tinham membranas de isolamento por erros no processo de fabricação.

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