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Fim das explosões? Cientistas criam bateria mais barata e segura

Celular da Samsung, Galaxy Note 7 ficou marcado por explosão de baterias - Brian Green
Celular da Samsung, Galaxy Note 7 ficou marcado por explosão de baterias Imagem: Brian Green

Do UOL, em São Paulo

27/04/2017 15h00

Cientistas estão começando a achar soluções para substituir as baterias de ion-lítio, aquelas presentes na maioria dos nossos eletrônicos e que andaram provocando explosões. O novo material, composto de níquel-zinco, foi considerado mais barato e seguro que as versões atuais, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (27) na revista Science.

Na pesquisa, os cientistas do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos e da empresa EnZinc apontam, primeiramente, os malefícios das atuais baterias de íon-lítio: problemas de segurança, restrições de transporte, fornecimento limitado de recursos (lítio e cobalto), alto custo e infraestrutura de reciclagem limitada.

Depois, defenderam a família de baterias alcalinas baseadas em zinco como a principal alternativa tanto para baterias de íon-lítio, quanto para as de chumbo ácido e níquel-metal. Segundo eles, o zinco é um material mais disponível em escala global e custa mais barato.

Os cientistas conseguiram superar um desafio que impedia a popularização do novo modelo de baterias: a formação de dendritos durante o ciclo, que derrubava o poder de recarregamento. Para isso, redesenharam o material em uma estrutura porosa, semelhante a uma esponja, o que aumentou um 50% da capacidade teórica do metal.

Testes com a bateria de níquel-zinco mostraram que ela poderia aguentar um ciclo repetitivo semelhante ao de íon-lítio (mais de 50 mil).