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Facebook faz mal, mas WhatsApp pode fazer bem, dizem estudos

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

29/05/2017 14h36

Você costuma se sentir triste usando o Facebook? Se a resposta for sim, saiba que existe uma explicação científica. Pelo menos é o que diz um estudo feito pelas Universidades de Yale e da Califórnia, nos Estados Unidos.

Depois de analisar as respostas e conversar com os voluntários, os pesquisadores concluíram que aqueles que usavam a rede social o tempo todo eram mais tristes e menos saudáveis, e que existe uma relação muito estreita entre o uso da rede social e um comprometimento da saúde social, física e psicológica.

De acordo com o estudo, a cada curtida ou atualização do próprio status, as chances de o usuário reportar problemas de saúde mental cresce de 5 a 8%.

O levantamento ouviu 5.208 pessoas, durante dois anos, entre 2013 e 2015, e foi publicado pelo "American Journal of Epidemiology".

Já o WhatsApp...

Na outra ponta, o WhatsApp parece ser uma rede social que contribui positivamente para a vida dos usuários, principalmente se forem adolescentes, segundo uma pesquisa realizada pela faculdade de educação da Universidade de Haifa, em Israel.

De acordo com o pesquisador Arie Kizel, o WhatsApp ajuda os adolescentes a se comunicarem melhor e a se expressarem mais abertamente, o que contribui para a construção de relacionamentos mais próximos com as pessoas.

"As conversas em grupo são baseadas na confiança entre os membros do grupo, e isso aumenta a possibilidade de estar em contato", afirmou Kizel ao site israelense de notícias Nocamels.com, especializado em inovação.

A pesquisa acompanhou 16 jovens com idades entre 15 a 17 anos durante um período. A quantidade de participantes é pequena em comparação com o estudo sobre o Facebook, mas é possível termos uma amostra de como a nossa vida social nas redes sociais pode se desenvolver.

Um dos voluntários destacou que se sentia mais seguro e com mais chances de proximidade com os colegas.

"No WhatsApp, geralmente sinto que não estou sendo julgado, principalmente porque não há contato visual ou contato físico, apenas palavras e sinais. Então eu sinto mais intimidade e segurança. Eu me exponho mais, mas não é embaraçoso, talvez porque eu não vejo as reações físicas das pessoas ", explicou um dos participantes.

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