Alemanha autoriza que Whatsapp seja interceptado por autoridades
Em meio a críticas da oposição, o Bundestag (Parlamento alemão) aprovou nesta quinta-feira (22) uma lei que permite a agentes de segurança interceptar o conteúdo de comunicações privadas em serviços de mensagem, como o WhatsApp.
Para ter acesso a esses dados, os agentes precisam de uma autorização judicial que permitirá a instalação de software de espionagem no celular do suspeito. O programa instalado possibilita que as mensagens sejam lidas antes de serem criptografadas.
A legislação proíbe ainda os serviços de mensagem de impedir esse monitoramento. A nova legislação ampliou também a possibilidade de busca online em computadores, que até o momento só era permitida em âmbito limitado para o combate ao terrorismo.
O monitoramento de dados passa a ser permitido em casos de suspeita de assassinato, pornografia infantil, tráfico de drogas, falsificação de dinheiro e até sonegação fiscal.
"Observamos com cada vez mais frequência que criminosos se comunicam de maneira criptografada. Assim fica cada vez mais difícil para as autoridades esclarecerem crimes", disse o ministro do Interior, Thomas de Maizière, defendendo a nova legislação. O Partido Verde e a legenda A Esquerda condenaram a mudança, alegando que a legislação fere os direitos fundamentais do cidadão.
Especialistas em tecnologia alertam ainda que para o monitoramento previsto é necessário usar lacunas de segurança existentes ou criá-las. Essas falhas tecnológicas poderiam também ser usadas por organizações criminosas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.