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Você já pode comprar eletrônicos na Amazon do Brasil. Mas vale a pena?

Amazon agora vende eletrônicos em seu site no Brasil - Reprodução/Homo Literatus
Amazon agora vende eletrônicos em seu site no Brasil Imagem: Reprodução/Homo Literatus

Guilherme Tagiaroli

Colaboração para o UOL

26/10/2017 04h00

O início das vendas de eletrônicos pela Amazon, considerada a maior varejista online do mundo, no Brasil em 18 de outubro fez algum barulho entre as concorrentes, cujas ações operaram em baixa antes mesmo desta nova operação começar. No entanto, para o consumidor comum, os preços valem a pena? A resposta direta à pergunta é: depende do produto.

A questão é que a operação de venda de eletrônicos é nova - tem cerca de uma semana - e boa parte dos valores dos smartphones, TVs, notebooks e videogames disponíveis são bem parecidos com de outros varejistas. 

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Estreia como intermediária

O que difere a Amazon das outras empresas, pelo menos nesse início, é que a varejista norte-americana está funcionando apenas no modelo de intermediária. Portanto, a companhia permite que fornecedores vendam seu produtos no site da Amazon para receber uma quantia da operação em troca.

Isso já está disponível há um tempo para livros, mas agora a opção também está liberada para eletrônicos. E podem participar deste esquema tanto companhias estabelecidas como pessoas físicas com itens novos ou usados.

Os principais varejistas do mercado geralmente funcionam em um sistema misto. Além de terem esse recurso de marketplace (permitindo que terceiros vendam produtos), as próprias companhias compram itens de marcas, o que pode trazer vantagens competitivas. 

Imagine um varejista que sabe que há grande interesse em um produto, e que a marca está disponível em vender um grande lote deste item. Isso pode resultar em preços menores neste varejista comparado com outros.

A expectativa do momento no Brasil é de como e quando a Amazon deve atuar nesse relacionamento direto com empresas. A companhia é conhecida nos Estados Unidos por ter estratégias agressivas de preço. Quem sabe a empresa não decida aproveitar a Black Friday, que vai ocorrer nesse ano em 24 de novembro?

Infelizmente, questionada pela reportagem, a Amazon diz que não especula sobre planos futuros.

Comparando preços na prática

Para dar uma noção dos preços praticados pela Amazon na venda de eletrônicos, escolhemos alguns itens para comparar* com concorrentes locais com preço melhor ou igual:

- Smartphone Motorola G5 Plus - 32 GB:
Na Amazon: R$ 999
No Carrefour.com: R$ 899 (à vista) ou R$ 999 (parcelado)

- Console Xbox One S - 500 GB:
Na Amazon: R$ 1.659,99 + Bundle Battlefield
No Extra: R$ 1.759,91 (à vista) ou R$ 1.999 (parcelado) + edição Forza Horizon

- Notebook gamer Acer Vx5-591G-78Bf - Intel Core i7 3,8 GHZ/1 TB HD
Na Amazon: R$ 4.999
Na Fnac: R$ 4.999 
No Submarino: R$ 4.409 (à vista no boleto) ou R$ R$ 4.899 (parcelado)

*Os valores dos itens foram consultados em 24 de outubro e estão sujeitos a alteração.