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WhatsApp vira ferramenta favorita de hackers para aplicar golpes no Brasil

06/02/2018 13h38

Nos últimos meses, você pode ter notado um aumento significativo de golpes aplicados pelo WhatsApp - muitos noticiados por UOL Tecnologia -, e por bom motivo: de acordo com a empresa de segurança digital PSafe, o número de ciberataques pelo aplicativo duplicou no fim do último trimestre de 2017.

Para a PSafe e seu laboratório de segurança, o DFNDR Lab, o WhatsApp "se tornou a ferramenta número um dos hackers para aplicar golpes cibernéticos no Brasil", com mais de 44 milhões de casos de disseminação de links maliciosos no aplicativo de mensagens instantâneas - um aumento de 107% em relação ao trimestre anterior, que registrou cerca de 21 milhões de casos.

"Ao utilizar o WhatsApp, os cibercriminosos estão aprimorando suas estratégias por meio de engenharia social. Eles estão investindo contra indivíduos por meio de uma rápida e maciça disseminação de links maliciosos em vez de produzir malwares, que são mais complexos de serem criados e têm menor potencial de viralização", explicou o diretor do DFNDR Lab, Emilio Simoni.

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Estes golpes tem se popularizado principalmente pela habilidade dos cibercriminosos em criar sites e links verossímeis, e ao fingir trazer ofertas especiais e até processos seletivos para empregos, o que são extremamente atraentes para pessoas que sofrem com a crise financeira no Brasil.

Tabela - links maliciosos - Reprodução/DFNDR Lab - Reprodução/DFNDR Lab
Tabela mostra porcentagem dos tipos de ciberataques praticados no fim de 2017
Imagem: Reprodução/DFNDR Lab

Além disso, uma das principais preocupações dos especialistas de segurança é a combinação deste tipo de golpe, que em geral é usado para baixar aplicativos suspeitos ou assinaturas de serviços, com um bem mais lucrativo e perigoso: golpes bancários.

"Essa variação de ciberataque reúne alto potencial de viralização e maior possibilidade de ganho financeiro para os criminosos", declarou Simoni.

De qualquer forma, golpes no WhatsApp continuam a ser um perigo em 2018, com mais de 2,5 milhões de pessoas afetadas só nos 20 primeiros dias de janeiro.