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Por que este aspirador de pó foi considerado revolucionário?

James Dyson - Divulgação - Divulgação
James Dyson é um dos designer mais famosos do mundo e criou um prêmio de engenharia para incentivar invenções
Imagem: Divulgação

Rodrigo Lara

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/03/2018 04h00

Quanto você estaria disposto a pagar por um aspirador de pó? Ou ainda, quais melhorias você acredita que os atuais aparelhos poderiam ter?

Por mais que as respostas para as perguntas acima sejam "pouco" e "nenhuma", é quase impossível não se impressionar com o Cyclone V10. Trata-se do novo lançamento da Dyson, empresa britânica que é referência nesse segmento --e também em outros, como secadores de cabelos e ventiladores.

O primeiro aspecto que faz os olhos arregalarem é o preço: a linha tem três modelos que vão de US$ 500 até US$ 700, mesmo valor cobrado por um iPhone 8, e o que varia é a quantidade de acessórios que acompanham cada um deles. Mas não se prenda (só) a isso. 

Aspirador Dyson Cyclone - Divulgação - Divulgação
Diga oi para o Cyclone V10
Imagem: Divulgação

Cada categoria leva um nome curioso. O mais barato chama Motorhead, alcunha digna de uma banda de rock pesado; o intermediário foi apelidado de Animal; e o mais completo é o Absolute, por razões óbvias.

Neste ponto, admita, você já imaginou recebendo uma visita em casa e correndo para mostrar o seu Cyclone V10 Animal, não é?

Diversas publicações gringas exaltaram os avanços feitos pelo aspirador de pó e insinuaram até que ele é o iPhone X da categoria, por suas inovações. 

A Fast Company, referência em tecnologia e informação, disse que o avanço da Dyson não é só sobre aspirar melhor, mas sobre romper barreiras psicológicas e criar uma nova verdade sobre o uso dos aspiradores. 

Por exemplo: os pesquisadores da empresa descobriram que as pessoas pressupunham que aspiradores de mão não aguentavam uma sessão de aspiração completa. Então, fizeram um que durasse uma hora --mesmo que a chance de você usar um aspirador por uma hora inteira seja ínfima.

Já a Wired testou e deu seu veredicto: "redesenhado para ser mais leve e fácil de manusear, poder de sucção incrível, silencioso, a bateria dura uma hora e carrega em menos de quatro, lixeira maior requer menos idas ao lixo." O ponto negativo, diz a revista, é o preço, claro.

A CNet concluiu: "Você provavelmente nunca fantasiou sobre possuir um aspirador de mão, mas o novo Cyclone V10 Absolute da Dyson (...) talvez seja o aspirador para mudar isso."

Afinal, por que ele é especial?

A ideia por trás do Cyclone V10 é ser um aparelho portátil, sem fio, leve e que dure o suficiente. Mas ele realmente vai além.

O formato, que parece uma pistola capaz de disparar raios laser digna de algum filme da saga "Star Wars", serve para posicionar melhor o motor, que gera a corrente de sucção. Tradicionalmente, ele fica situado em posição perpendicular ao compartimento que armazena a sujeira. No Cyclone V10, ele fica em posição paralela ao recipiente.

Em termos práticos, esse posicionamento permite que o motor aspire o pó com mais eficiência, gastando menos energia, e também melhore o equilíbrio do conjunto, tornando-o mais fácil de ser operado.

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Esse novo motor é capaz de girar 125 mil vezes por minuto (ou mais de 2.000 vezes por segundo) e usa componentes nobres em sua construção, como um eixo feito de cerâmica. Ou seja, suga pra caramba.

O aparelho pode ser usado tanto em sua forma mais portátil --para aspirar vincos de sofás, por exemplo-- quanto ligado a um cabo, para limpezas mais pesadas. Ele também consegue sugar coisas maiores que o pó, como cereais espalhados pelo chão.

Alguns modelos vêm com rolos, apelidados de Fluffy, que atraem a sujeira para a máquina usando fibra de carbono que acaba com a estática que segura o pó no chão. Cada acessório é muito bem pensado para resolver pequenos dramas domésticos.

Ainda que fique difícil para nós, brasileiros, avaliarmos --a Dyson não tem representação por aqui--, a empresa é conhecida por faturar prêmios de satisfação dos clientes e tem a fama de produzir aparelhos que duram por diversos anos. E ela acredita tanto na inovação que apresentou que já avisou que não fará mais nenhum equipamento com fio.

Fiquemos então com o veredicto da Wired: "você recebe pelo que paga, e essa coisa detona".