Topo

Investigadores terminam buscas na sede da Cambridge Analytica após denúncia

Alexander Nix foi afastado do cargo de CEO depois das denúncias - AFP/PRU
Alexander Nix foi afastado do cargo de CEO depois das denúncias Imagem: AFP/PRU

Do UOL, em São Paulo

24/03/2018 10h47

Investigadores britânicos concluíram neste sábado (24) as buscas na sede da Cambridge Analytica, empresa que está envolvida no escândalo do roubo de dados de 50 milhões usuários do Facebook e no uso deles para fins políticos.

Os investigadores deixaram o local às 3h da madrugada (meia-noite, no horário de Brasília), segundo o site do jornal britânico “The Guardian”. Ao todo, 18 policiais participaram da ação, que começou na noite de ontem e durou quase sete horas.

"Vamos agora precisar avaliar e considerar as evidências antes de decidir as próximas etapas e chegar a alguma conclusão", informou o Information Commissionner's Office, departamento responsável pela proteção de dados na região.

Veja também: 

"Trata-se apenas de uma parte de uma investigação mais ampla sobre o uso de dados pessoais com finalidades políticas", explicou um porta-voz da entidade.

A ação foi tomada depois que juiz britânico Justice Leonard autorizou as buscas na sede da Cambridge Analytica na noite de ontem. O mandado havia sido pedido pela Comissão de Informações do parlamento do Reino Unido. 

CEO da Cambridge Analytica diz como manipula eleição

UOL Notícias

Entenda o caso

A companhia é acusada de ter roubado e mantido em seus domínios dados de 50 milhões de usuários do Facebook, que foram utilizados para direcionar propagandas altamente personalizadas para eleger Donald Trump nos Estados Unidos. 

Além disso, uma reportagem do Channel 4 News mostrou o atualmente afastado CEO da consultoria afirmando como faz para manipular eleições pelo mundo todo. Entre os meios usados, são citados ex-espiões, desinformação e notícias falsas, propinas e até mesmo prostitutas. 

A Cambridge Analytica nega todas as acusações, mas investigações já estão em andamento em países como Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e até Brasil, entre outros. 

O parlamento britânico também exige uma investigação sobre o Facebook - entre eles, depoimento do próprio CEO Mark Zuckerberg, além de pedidos de esclarecimento sobre o uso dos dados da rede social pela Cambridge Analytica.