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Maçãzinha na TV: o que sabemos sobre o "Netflix da Apple"

Já é possível ter uma ideia de como seria o serviço de streaming de vídeos da Apple  - Chris McGrath/Getty Images
Já é possível ter uma ideia de como seria o serviço de streaming de vídeos da Apple Imagem: Chris McGrath/Getty Images

Bruno Romani

23/09/2018 16h58

Já faz um tempo que o mundo tecnológico aguarda a Apple se aventurar no universo do streaming de vídeo, um segmento cuja coroa pertence ao Netflix. Os rumores ganharam força quando a Apple anunciou no último mês de junho um contrato com a apresentadora Oprah Winfrey para a produção de conteúdo original. Antes disso, a empresa já havia contratado dois executivos com experiência em Hollywood para cuidar do assunto.

Alguns analistas estimam que a Apple deve injetar mais de US$ 1 bilhão no projeto, mas publicamente a companhia faz muito mistério sobre como ele seria - na real, a Apple nunca se pronunciou sobre o assunto. Porém, já possível ter uma ideia de como seria o "Netflix da Apple" com base em todas as notícias envolvendo a gigante. 

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Lançamento

Muita gente esperava que o serviço virasse realidade até março de 2019, mas, segundo o "Wall Street Journal", essa data foi deixada para outro momento. É possível que o lançamento ocorra apenas no segundo semestre do ano que vem. 

Conteúdo

Há dúvidas sobre o tamanho do catálogo, especialmente sobre produções de terceiros. A briga para ser o rei do streaming está aumentando e grandes companhias, como a Disney, querem manter os próprios serviços de streaming.

O fato é que a Apple deve apostar em conteúdo próprio, como o Netflix já anda fazendo. Além de Oprah, a empresa fechou contratos com Reese  Witherspoon, M. Night Shyamalan, Steven Spielberg e outros. 

Vale lembrar que no Apple Music a companhia já sentiu o gostinho da programação própria com atrações como "Planet of the Apps" e "Carpool  Karaoke".

Programa de família

Quem espera por conteúdo mais pesado, como já é visto no Netflix atualmente, deve se decepcionar. De acordo com o "Wall Street Journal", sexo, palavrões e violência estão descartados da maior parte das produções.

Como exemplo, o jornal cita uma série baseada na vida do rapper Dr. Dre que teria sido rejeitada por Tim Cook por ser "muito violenta". Por razões parecidas, Bryan Fuller também teria abandonado no começo do ano o reboot da série de ficção científica "Amazing Stories". 

É ruim diante dos rivais, mas nada novo na postura da Apple. Vale lembrar que desde o seu início a  App Store não permite aplicativos que contenham sexo e nudez. Assim, a companhia fica mais com jeitinho de "Disney do streaming". 

Preço

Muita controvérsia aqui. Ao site Cnet, o analista Rich  Greenfield, da consultoria BTIG, disse que é possível que o serviço seja gratuito para donos de dispositivos da Apple. Já Jason  Snell, do site MacWorld, acredita num formato com o primeiro mês gratuito seguido de uma mensalidade com preços próximos aos do Netflix.

A segunda estratégia é mais parecida com o estilo da Apple. O Apple Music, por exemplo, não é gratuito para donos de gadgets da marca. 

Disponibilidade

Aqui os palpites parecem convergir. Os analistas não acreditam que o serviço estará disponível fora das cercas dos aparelhos da maçã. Ou seja, para ter acesso seria necessário um iPhone, iPad, Apple TV ou Mac.

Por outro lado, o iTunes só explodiu em popularidade quando passou a fazer parte do Windows. É por meio do iTunes que é possível acessar o Apple Music e baixar filmes e músicas. Tudo isso está disponível no Windows. Assim, não seria um absurdo imaginar que o novo serviço de TV também esteja disponível para outros dispositivos.