Não foi só Bolsonaro: Roger Waters também atacou Zuckerberg em SP
O show tradicionalmente político de Roger Waters em São Paulo rendeu críticas não apenas ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), chamado de “neofascista”, mas também a Mark Zuckerberg. O fundador do Facebook foi criticado em um telão pelo cantor que fez sucesso no Pink Floyd.
Contra Zuckerberg, a mensagem no telão lembrou a trajetória do fundador do Facebook e fez críticas ao seu domínio da internet.
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“Esse cara começou com uma porcaria de app misógino para avaliar garotas com base em sua beleza. Agora dez anos depois ele é um multibilionário que consegue censurar a internet. Junto a dois caras que comandam o Google, ele está lentamente tentando eliminar qualquer site que não se adeque à sua visão consumista de mundo”, dizia a mensagem.
De fato, Mark Zuckerberg bolou inicialmente uma aplicação chamada Facemash para que garotos do campus de Harvard avaliassem a aparência de outras garotas, chegando a ridicularizar meninas. O criador do Facebook criou esse site ao hackear fotos tiradas para a universidade.
Em depoimento ao Congresso neste ano, o fundador do Facebook apontou que o Facemash não tem nada a ver com a atual rede social e foi criado antes, como uma “brincadeira” quando ele estava no segundo ano da faculdade.
O ataque a Zuckerberg feito em São Paulo não é uma novidade e aparece constantemente nos shows do músico, assim como a mensagem contra políticos que Waters considera fascistas – a diferença é que, no Brasil, o nome de Bolsonaro surgiu pela primeira vez ao lado de outros como Donald Trump, Marine Le Pen, Nigel Farage e Viktor Orbán.
A atitude de Roger Waters rendeu aplausos e vaias da plateia, mas, segundo especialistas musicais, foi condizente com a carreira do músico, que sempre atacou o autoritarismo.
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