Os problemas com uma atualização de segurança do sistema operacional Windows 7, da Microsoft, que causaram transtornos para usuários brasileiros nesta semana, podem ter sido causados pela incompatibilidade entre o pacote e dois programas de segurança desenvolvidos por outras empresas.

Em post publicado ontem em um de seus blogs técnicos, a Microsoft informava que o conflito estava relacionado ao antivírus Kaspersky e ao Guardião, um software usado por bancos para garantir a segurança em operações de internet banking criado por uma subsidiária da Diebold.

A informação, no entanto, foi retirada do site da Microsoft. Em um post publicado hoje, a companhia informa apenas que, quando colocada em conjunto com certos softwares de terceiros, a atualização de segurança KB2823324 poderia causar erros de sistema.

A Kaspersky publicou em seu blog que está investigando o problema e que pretende resolvê-lo o mais rápido possível. Procurada, a assessoria de imprensa da Diebold não deu um retorno imediato sobre o assunto.

Divulgada na terça-feira, a atualização de segurança, corrigia uma vulnerabilidade de nível médio do Windows 7. Após sua instalação, no entanto, muitos usuários relataram problemas para iniciar a máquina. Por conta disso, a Microsoft retirou a atualização de seus sistemas.

Paramos de enviar o KB2823324 como uma atualização quando começamos a investigar os relatórios de erros e, desde então, removemos o item de nossa central de download", escreveu a companhia em comunicado. A companhia também publicou um passo a passo para a remoção da atualização.

A Microsoft afirma que os erros causados pela atualização não resultam em qualquer perda de dados e não afetam todos os usuários do Windows. Algumas pessoas, no entanto, acabaram perdendo seus dados depois de formatar a máquina, medida extrema tomada para resolver o problema causado pela atualização. "Tive o mesmo problema. Só que o meu computador travou de tal maneira que tive que formatar e perdi todas as minhas informações. Espero que a Microsoft se manifeste em breve, do contrário, muitas ações judiciais surgirão" escreveu o leitor João Rockenbach Nascimento, no site do Valor.