Maior do que a ansiedade de estar perdendo o que acontece nas redes sociais (achei que essa sensação seria bem, bem maior) é a angústia de achar que está deixando os amigos – mesmo que “apenas” os amigos virtuais – falando sozinhos. Isso nos sites de relacionamento e em meu blog pessoal. E se alguém perguntou e não respondi? Convidaram e não vi? Elogiaram e não agradeci? Criticaram e não rebati?
Me parece falta de educação, até uma atitude blasé, deixar alguém no vácuo (que eu nem sei quem é, pois não sei quem virtualmente anda falando comigo). E pode ser isso, mesmo, segundo uma coluna da psicanalista Anna Veronica Mautner na “Folha de S. Paulo”.
“Esses recursos todos, do endereço da residência ao endereço na nuvem da internet, são prolongamentos de si próprio, são o ‘si próprio’ em outras dimensões. Assim como você não pode deixar de retribuir a um cumprimento face a face (a não ser que queira fazer uma má-criação), não pode se ausentar de suas dimensões tecnológicas e virtuais”, compara a especialista.
Ausente de minhas “dimensões tecnológicas”, só me resta o desconforto em saber que no momento sou uma grande mal-educada digital.
Clique nos dias do calendário abaixo para conferir como foi a experiência
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