Em resposta ao filtro de arco-íris no Facebook, conservadores protestam
Ainda que mais de 26 milhões de pessoas tenham estilizado suas fotos do perfil do Facebook em apoio à causa gay, o filtro lançado em comemoração à liberação da união entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos não agradou a todos os usuários da rede social.
Em resposta "ao novo modismo", alguns russos conservadores adotaram um filtro com as cores da bandeira do país (branco, azul e vermelho). Quem lançou o "protesto" foi o diretor de arte Oleg Chulakov, que criou um aplicativo específico após ter recebido milhares de pedidos de amigos que queriam a sua ajuda para alterar suas fotos de perfil.
Em entrevista ao site americano Mashable, Chulakov disse que o app não é um opositor das pessoas LGBT, tampouco dos simpatizantes do casamento do mesmo sexo. "Nós não somos contra ninguém", afirmou. Ainda assim o aplicativo foi baixado mais de 4.000 vezes e muitos russos aproveitaram a ferramenta para se opor à decisão da Suprema Corte americana com a divulgação das hashtags #pridetobestraight (#orgulhodeserhétero) e #pridetoberussian (#orgulhodeserrusso).
Nos últimos anos, a Rússia reprimiu os direitos LGBT em defesa dos "valores familiares tradicionais", segundo o governo. Em junho de 2013, o país aprovou uma lei federal que proíbe o fornecimento de informações sobre a homossexualidade a menores de 18 anos de idade, bem como a realização de eventos de orgulho LGBT e de comícios públicos. Uma pesquisa recente mostrou que mais de 80% dos russos se opõe à legalização do casamento homossexual.
Apesar disso, alguns russos se manifestaram a favor da causa gay, como Anna Koterlnikova, que havia mudado sua foto do perfil para uma bandeira do arco-íris e comentou: "Desculpe, eu sou hétero e russa, mas eu não sou homofóbica!".
No Egito, muitas pessoas também recorreram às redes sociais para atacar a bandeira do arco-íris. "É uma mensagem que me dói", disse o egípcio Sharif Najm em seu perfil no Twitter. Esse foi apenas um dos 2.000 tuítes gerados no país acerca do tema.
Embora a maioria tenha sido crítico, um ou outro comentário defendeu a causa gay: "Eu apoio o direito das pessoas de viverem e amarem livremente, sem qualquer perseguição", afirmou a apresentadora de TV egípcia Muna Iraqi. (*Com informações da BBC)
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