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19/03/2007 Software reconhece rostos e paisagens e organiza fotos sozinho FRANCISCO MADUREIRA Editor do UOL Tecnologia, em Hannover (Alemanha) Outra novidade do Instituto Fraunhofer, o criador do formato MP3 de música digital, é um software capaz de reconhecer rostos e paisagens em fotos, além de organizar todos seus álbuns no PC automaticamente.
Chamado aceMedia, o projeto ainda troca informações entre PC central da casa e dispositivos móveis, como o celular, e avisa em seu telefone caso uma foto em que você aparece seja gravada no computador. O instituto expôs a tecnologia durante a Cebit 2007, feira de tecnologia que vai até a próxima quarta (21/03) em Hannover, Alemanha. Adrian Matellanes, da Motorola (que participa do projeto), explicou como funciona a tecnologia. O sistema analisa o histograma da imagem —gráfico que mostra as freqüências de cor de uma foto— para distringuir elementos. Separadas as cores, o software também analisa texturas e formatos, e é capaz de encontrar rostos nas fotos e até mesmo distinguir mar de rio. Depois de detectar os elementos da foto, o aceMedia então cria tags (etiquetas de conteúdo, ao bom estilo da Web 2.0) que identificam os conteúdos de uma foto —pessoa, céu, árvore e rio, por exemplo. O usuário também pode inserir as próprias etiquetas no sistema, como o nome de pessoas. "A partir das tags adicionadas pelo usuário, o aceMedia começa a reconhecer e sugerir etiquetas para novas imagens que são gravadas no computador", explica Matellanes. Ele mostrou como funciona o reconhecimento de rostos em um teste para o UOL Tecnologia —e a exatidão impressiona. Com uma quantidade razoável de fotos catalogadas, a interface exibe as tags à esquerda da tela, e permite a navegação temática pelas imagens gravadas no computador. Além do usuário final Além do Instituto Fraunhofer e da Motorola, empresas como a Philips e a própria Comissão Européia, órgão executivo da UE (União Européia), ajudaram a financiar o projeto. Matellanes diz que ainda não há previsão para que o sistema ganhe escala comercial. "Cada empresa tem seus planos", diz. "E eles não vão ser revelados antes de um lançamento comercial." Segundo ele, a Comissão Européia participa do projeto apenas com verba para pesquisa científica. Mas Matellanes admitiu a hipótese do uso do sistema pela polícia, por exemplo, para rastreamento e identificação de pessoas em lugares públicos. "Mas é improvável que isso aconteça tão cedo", afirmou. |
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