Mais leve e resistente, iPhone 5 redefine design sem mudar de cara
Três meses após a apresentação do iPhone 5 nos Estados Unidos, o smartphone da Apple chegou ao Brasil próximo ao Natal. Caro (na versão mais barata pré-paga custa R$ 2.400), o aparelho chama a atenção pela parte física que (finalmente) mudou para melhor: está mais leve e, paradoxalmente, mais resistente.
Comparado ao “tijolão” iPhone 4S, o iPhone 5 é uma pena. Ele pesa 112 gramas (contra 140 gramas) e tem 0,76 cm de espessura (contra 0,93 cm). Na parte de software, o celular continua com bons recursos, mas nada de grande peso para o consumidor brasileiro.
Direto ao ponto
Nome: iPhone 5 |
Tela: 4 polegadas com tecnologia Retina e sensível ao toque |
Capacidades de armazenamento: 16, 32 e 64 GB |
Dimensões: 5,86 cm x 12,38 cm x 0,76 cm (L x A x P) |
Peso: 112 gramas |
Processador: A6 |
Sistema operacional: iOS 6 |
Bateria: 10 horas (usando internet com conexão Wi-Fi) e 8 horas (usando internet 3G) |
Preço sugerido: R$ 2.400 a R$ 3.100 (pré-pago) |
Pontos positivos: Aparelho está com tela maior, processador mais esperto e estrutura física do smartphone está mais resistente |
Pontos negativos: Preço muito superior aos concorrentes e sistema "limitado" para usuários brasileiros |
Mesmo mais magrinho e espichado, o iPhone 5 ficou mais resistente. A provável razão para isso é a diminuição do uso de vidro na parte traseira do smartphone. Nas versões anteriores (4 e 4S), as “costas” do celular eram revestidas de vidro. Qualquer queda brusca já danificava o corpo do dispositivo. Em testes de resistência, o último iPhone se mostrou mais resistente que o Galaxy S III, seu principal concorrente, cujo corpo é feito de plástico.
Hardware turbinado
O processador do iPhone 5 é o A6. Oficialmente, pouco se sabe sobre ele. Apenas que é “duas vezes mais rápido que o modelo anterior”, segundo o site da Apple. O desempenho em jogos melhorou bastante. Em função do aumento da taxa de quadros, games como “Temple Run” ficam com uma definição muito mais clara. Enquanto nos modelos antigos o personagem fica borrado ao correr, no último iPhone é possível perceber até traços da roupa.
Com mais poder de processamento, o aparelho usa menos recursos da bateria, o que faz o iPhone 5 ter uma autonomia de até dez horas (para navegação em uma rede Wi-Fi). Além disso, mesmo em aplicativos que exigem maior capacidade do processador, ele “lida” bem com a situação e não faz o smartphone esquentar em demasia.
O conjunto de câmeras é praticamente o mesmo. A traseira tem resolução de 8 megapixels, e a frontal agora filma em HD e tira fotos de 1,2 megapixel. O que muda no 4S para o 5 é uma funcionalidade chamada “Smart Filter”. Ele melhora consideravelmente a cor das fotos e a qualidade de imagens em ambientes mais escuros.
Outros detalhes importantes do novo iPhone 5 são o conector lightning (que serve para carregar o celular ou transferir arquivos) e a necessidade de usar o chip nano-SIM. Quem comprar um aparelho novo deverá jogar o chip antigo fora. Até o momento, o smartphone da Apple é o único no mercado brasileiro com este tipo de chip.
Até que enfim uma tela maior
Pela primeira vez, a Apple alterou o tamanho da tela, que sempre foi 3,5 polegadas. Mesmo assim, a mudança para 4 polegadas só ocorreu na “altura” do display. A largura é a mesma dos modelos anteriores por um motivo: o usuário consegue ter acesso a todo display sem precisar realocar a mão.
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Nos aparelhos concorrentes de tela grande, quem tem mão pequena sofre. É necessário ficar reajustando a posição do smartphone para alcançar determinadas partes do display.
O destaque da tela Retina é o brilho. Ao comparar um iPhone 4S com o iPhone 5, a diferença é gritante. As cores do iPhone 4S parecem “lavadas” ao lado da última versão do smartphone da Apple. Até os ícones dos aplicativos ficam mais bonitos no aparelho.
Software bacana, mas deixa a desejar
O sistema operacional iOS 6 é bom, mas ainda não tem uma série de recursos disponíveis fora do país– o que não quer dizer que isso faça do iPhone 5 um telefone ruim, mas o aparelho fica devendo várias funcionalidades.
A assistente Siri ainda não “fala” português e o Passbook (sistema de carteira virtual) está limitado a algumas empresas aéreas. O recurso GPS do Apple Maps funciona, mas fica mudo – ele não fala a rota, apenas exibe as direções. A sorte é que o Google apresentou uma versão do Maps que já tem este recurso.
A tela maior fez com que o aparelho disponibilizasse uma linha a mais de aplicativos e que alguns programas tivessem a visualização adaptada ao novo tamanho. O exemplo mais claro é o de previsão de tempo nativo do iPhone. O software mostra de forma mais simples as possibilidades de chover (ou não) por faixa de horário.
De positivo, o destaque está para a integração com o Facebook e o Twitter (ao atribuir um número de telefone a um contato da rede social, a foto de exibição dela aparece durante a chamada), a função 3D do aplicativo de mapas da Apple (infelizmente apenas em algumas localidades) e a função “Não perturbe”.
Mapas 3D ''salvam'' ferramenta de mapas da Apple
Este último recurso é ótimo para quem se incomoda com ligações em horários inapropriados ou notificações chatas de redes sociais. Após ativá-lo, o sistema permite configurar um intervalo de tempo em que o telefone enviará mensagens automáticas para quem ligar ou silenciar notificações.
Conclusão
Após cinco anos vendendo iPhones, a Apple finalmente resolveu mexer no tamanho de tela do seu smartphone. As alterações feitas na última geração do celular são bem legais, sobretudo a que diz respeito à resistência do celular.
O apelo do iPhone 5 é, com certeza, o design elegante e o “status da maçã”, pois os concorrentes fazem praticamente tudo que o smartphone da Apple faz e a um preço mais acessível. O iPhone 5 mais barato pré custa R$ 2.300, enquanto todos aparelhos top de outras fabricantes não passam de R$ 2.000.
Dificilmente, a empresa conseguirá convencer usuários que não são fãs a comprarem um iPhone 5, pois o bolso (ainda) é uma das partes mais sensíveis do ser humano.
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