Engenheiros do Google apontaram maioria das correções em atualização da Microsoft, diz site
A Microsoft, mensalmente, libera uma atualização para corrigir eventuais falhas em seus programas. Só que na última houve um fato que chamou a atenção: dos 57 problemas corrigidos, mais da metade foi reportada por engenheiros do Google. As correções abrangem bugs no Windows, Internet Explorer, Microsoft Office, entre outros produtos da marca. As informações são do site americano de tecnologia "The Verge".
A prática de achar erros em produtos de concorrentes e notificá-los é comum. Porém, dessa vez os engenheiros do Google Mateusz “j00ru” Jurczyk e Gynvael Coldwind se superaram e reportaram 32 problemas classificados como “importantes”. Na escala de falhas, “importante” só está atrás de problemas considerados “críticos”. Em outubro, novembro e dezembro, os engenheiros do Google notificaram a Microsoft apenas um erro por mês. Em janeiro, não houve notificações.
Deve ser levado em consideração neste caso que o Google desenvolve aplicações em sistemas da Microsoft (como o Google Chrome, por exemplo, que tem grande alcance). O contrário ocorre, mas em escala menor. A empresa de Bill Gates conta com alguns aplicativos para Android como o SkyDrive e o Xbox SmartGlass.
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A Microsoft aceita notificações de falhas de pessoas fora da empresa. Desde 2.000, a companhia de software agradece às pessoas que contribuem com a segurança dos programas em seus boletins. Os detalhes sobre as correções liberadas na última terça-feira (12) podem ser encontradas no Boletim de Segurança da companhia.
“Quando você vê algum agradecimento a um profissional de segurança no Boletim de Segurança da Microsoft, quer dizer que eles nos notificaram de forma confidencial, trabalharam para desenvolver uma solução e nos ajudaram a disseminar a informação sobre os problemas eliminados”, diz a Microsoft.
Engenheiros do Google já tinham notificado problemas em programas da Microsoft, mas nem sempre eles optam pela forma discreta de divulgação. Em junho de 2010, um funcionário do Google reportou sérias vulnerabilidades no Windows e estabeleceu cinco dias para a companhia consertar, senão ele publicaria os detalhes do código.
Na época, a Microsoft começou a publicar uma série de erros em serviços do Google. O mais notável ocorreu em 2012 quando um engenheiro disse ter descoberto uma rede de computadores zumbis que espalhava spam e malwares entre dispositivos Android. Na ocasião, o Google negou a existência.
Os profissionais do Google não deram detalhes de como eles acharam os erros. No entanto, acredita-se que as falhas tenham sido encontradas durante o desenvolvimento do leitor de PDF do navegador Google Chrome.
(The Verge)
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