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Chinês entra em coma após tomar choque com iPhone; aeromoça morreu após acidente parecido

Ma Ailun, 23, trabalhava como aeromoça da China Southern Airlines. Ela morreu após tomar choque  - Reprodução/Sina
Ma Ailun, 23, trabalhava como aeromoça da China Southern Airlines. Ela morreu após tomar choque Imagem: Reprodução/Sina

Do UOL, em São Paulo

19/07/2013 09h13

Um chinês entrou em coma depois de tomar um choque ao encostar em seu iPhone 4, enquanto o aparelho estava conectado à tomada. Jilin Wu Jian, 30, está internado na UTI de um hospital de Pequim e seu estado é grave: médicos ouvidos pelo “Beijing News” dizem que ele pode ficar em estado vegetativo. O acidente aconteceu no dia 8 de julho, três dias antes de uma aeromoça chinesa morrer ao atender seu iPhone 5 quando o aparelho era carregado. Nos dois casos, os chineses não usavam carregadores originais da Apple.

Wu Jianxiang, irmã de Wu Jian, contou como foi o acidente. “Eu estava virada de costas para ele, quando o ouvi gritar. Quando olhei para trás, ele estava deitado no chão, se contorcendo”, afirmou, segundo o “China Daily”. Ela tirou o carregador da tomada e disse ter sentido o choque dos dedos das mãos até os pés. Quando os médicos chegaram, tiveram de ressuscitar Wu Jian. Ele respira sem aparelhos, mas continua em coma.

A Apple não comentou este caso. Após a morte de Ma Ailun, 23, a aeromoça chinesa, a companhia emitiu um comunicado: "Ficamos muito tristes pelo infeliz incidente. Oferecemos nossas condolências à família". A empresa também confirmou a abertura de uma investigação do caso, em parceria com as autoridades chinesas.

Possibilidade de choque
João Carlos Lopes Fernandes, professor do curso de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia, explica que os acessórios piratas podem realmente causar uma descarga elétrica fatal. "Um carregador falso, sem sistema de segurança, pode apresentar um problema e passar muita corrente elétrica para a carcaça do aparelho, causando até mesmo um choque com força suficiente para matar."

O problema dos carregadores piratas é que eles não possuem controle de qualidade, então não há como saber se o acessório paralelo possui ou não o equipamento que impede choques. Nos produtos originais, essa chance é mínima, segundo o professor. "Os itens oficiais têm sistemas de segurança que desativam o acessório se houver algum problema, em vez de liberar a carga elétrica", completa Fernandes.

Já para Antônio Carlos Gianoto, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário da FEI, é improvável que somente o carregador tenha sido responsável pelo choque, pois a corrente emitida do aparelho é baixa. "Para que um choque mate uma pessoa, é necessário que haja exposição a uma quantidade maior de energia do que a emitida por uma bateria de celular ou carregador. É preciso que haja contato com um fio desencapado, por exemplo",  disse.