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Minessota é 1º Estado dos EUA a exigir modo antifurto em tablet e celular

Vítimas nos EUA gastariam cerca de US$ 500 milhões por ano para substituir celulares roubados - Think Stock
Vítimas nos EUA gastariam cerca de US$ 500 milhões por ano para substituir celulares roubados Imagem: Think Stock

Do UOL, em São Paulo

15/05/2014 10h12

O Estado de Minessota (EUA) aprovou nesta quarta-feira (14) uma lei que exige das fabricantes a instalação de um recurso antifurto em todos os smartphones e tablets comercializados na região – trata-se da primeira lei do tipo aprovada nos EUA.

Ainda não há detalhes sobre o funcionamento da ferramenta, mas ela “matará” o aparelho, impedindo seu uso após furto ou roubo. Além disso, todos os dados no dispositivo serão apagados. Esse recurso passará a ser obrigatório a partir de julho de 2015, segundo a agência de notícias Associated Press.

Defensor da lei de Minessota, o deputado Joe Atkins a definiu como uma “vacina” para a epidemia de roubo de eletrônicos. “Quando você elimina o valor [do aparelho], você também tira o incentivo [para o crime]. Os ladrões que roubam esses itens não terão mais incentivo para fazê-lo”, afirmou.

Jamie Hastings, vice-presidente da CTIA-The Wireless Association (associação internacional da indústria de aparelhos sem fio), classificou a lei como “desnecessária” diante das medidas tomadas pelo setor - a agência de notícias Associated Press não especificou sobre quais iniciativas ele se refere. 
Essa mesma lei também impedirá o uso de dinheiro (em espécie) para comprar eletrônicos portáteis de segunda mão em Minessota. O pagamento deverá ser feito de forma que seja possível identificar as partes envolvidas na negociação (como transferência eletrônica ou cartão de crédito). 

No final de abril, a Califórnia rejeitou uma lei parecida. Na ocasião, o "San Francisco Weekly" afirmou que a rejeição mostra o poder de lobby das empresas de tecnologia e das operadoras de telefonia móvel (que lucram sempre que o usuário precisa comprar um novo aparelho).

Prejuízo
Um estudo feito recentemente pelo professor de estatística William Duckworth
, da Universidade de Creighton (Omaha, EUA), indica que os donos de celulares nos Estados Unidos poderiam economizar aproximadamente US$ 2,5 bilhões (R$ 5,58 bilhões) caso contassem com um sistema antirroubo para inutilizar os aparelhos subtraídos.

Segundo Duckworth, as vítimas gastam cerca de US$ 500 milhões (R$ 1,1 bilhão) por ano para substituir os celulares roubados. Os demais US$ 2 bilhões (R$ 4,47 bilhões) anuais são referentes a seguro dos aparelhos, contratado pelos consumidores junto às operadoras.