Minessota é 1º Estado dos EUA a exigir modo antifurto em tablet e celular
O Estado de Minessota (EUA) aprovou nesta quarta-feira (14) uma lei que exige das fabricantes a instalação de um recurso antifurto em todos os smartphones e tablets comercializados na região – trata-se da primeira lei do tipo aprovada nos EUA.
Ainda não há detalhes sobre o funcionamento da ferramenta, mas ela “matará” o aparelho, impedindo seu uso após furto ou roubo. Além disso, todos os dados no dispositivo serão apagados. Esse recurso passará a ser obrigatório a partir de julho de 2015, segundo a agência de notícias Associated Press.
Defensor da lei de Minessota, o deputado Joe Atkins a definiu como uma “vacina” para a epidemia de roubo de eletrônicos. “Quando você elimina o valor [do aparelho], você também tira o incentivo [para o crime]. Os ladrões que roubam esses itens não terão mais incentivo para fazê-lo”, afirmou.
Jamie Hastings, vice-presidente da CTIA-The Wireless Association (associação internacional da indústria de aparelhos sem fio), classificou a lei como “desnecessária” diante das medidas tomadas pelo setor - a agência de notícias Associated Press não especificou sobre quais iniciativas ele se refere.
Essa mesma lei também impedirá o uso de dinheiro (em espécie) para comprar eletrônicos portáteis de segunda mão em Minessota. O pagamento deverá ser feito de forma que seja possível identificar as partes envolvidas na negociação (como transferência eletrônica ou cartão de crédito).
No final de abril, a Califórnia rejeitou uma lei parecida. Na ocasião, o "San Francisco Weekly" afirmou que a rejeição mostra o poder de lobby das empresas de tecnologia e das operadoras de telefonia móvel (que lucram sempre que o usuário precisa comprar um novo aparelho).
Prejuízo
Um estudo feito recentemente pelo professor de estatística William Duckworth, da Universidade de Creighton (Omaha, EUA), indica que os donos de celulares nos Estados Unidos poderiam economizar aproximadamente US$ 2,5 bilhões (R$ 5,58 bilhões) caso contassem com um sistema antirroubo para inutilizar os aparelhos subtraídos.
Segundo Duckworth, as vítimas gastam cerca de US$ 500 milhões (R$ 1,1 bilhão) por ano para substituir os celulares roubados. Os demais US$ 2 bilhões (R$ 4,47 bilhões) anuais são referentes a seguro dos aparelhos, contratado pelos consumidores junto às operadoras.
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