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18/12/2009 - 18h56 / Atualizada 05/04/2012 - 16h22

Kindle ganha segunda geração e vira febre no Natal de 2009

ANA IKEDA | Do UOL Tecnologia

O leitor de livros eletrônico da Amazon foi lançado em novembro de 2007 e durante dois anos não houve nenhum estardalhaço sobre o gadget, hoje visto como um item “revolucionário” para a maneira como as pessoas passarão a ler livros, jornais e revistas.

A guinada da Amazon começou com o lançamento da segunda geração do e-book nos EUA no dia 9 de outubro deste ano. Para o Brasil e outros 100 países no mundo, ele começou a ser vendido logo após, no dia 19.

Ainda bem parecido com o modelo original, o segundo modelo do Kindle trouxe melhorias como a espessura mais fina (0,9 cm) e mais leve (283 g), botões para mudança de página em qualquer posição de leitura e um sistema mais rápido. Com 2GB de memória interna, pode armazenar cerca de 1.500 livros.

Outra novidade que agradou os consumidores internacionais foi o 3G, que permite baixar os livros eletrônicos sem pagar pela conexão. É preciso, entretanto, levar em consideração que a cobertura 3G no Brasil é desigual e, em muitas regiões, bastante instável. A segunda opção para acessar os e-books é conectar o Kindle a um PC via cabo USB e com acesso à internet.

Nos EUA, o Kindle custa U$S 259, ou cerca de R$ 463,61 (cálculo com o dólar a R$ 1,79). Os brasileiros que se aventuraram na compra do leitor pela Amazon tiveram uma grande surpresa em relação ao preço final com impostos de importação e taxa de envio: US$ 546,30, ou seja, R$ 977,87, mais que o dobro do preço. Vale lembrar que todo equipamento eletrônico de até US$ 3 mil comprado no exterior sofre cobrança de 60% em tributos.

Para não pagar o imposto federal, o advogado e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcel Leonardi conseguiu uma liminar concedida pela Justiça Federal de São Paulo. O mandado alega que o produto é um leitor de textos e, por este motivo, se encaixa nos tributos de importação de livros, jornais e papel, que é zero.

Recorde de vendas e concorrência
Em novembro e dezembro, a Amazon informou que o Kindle bateu recorde de vendas, enquanto empresas rivais ainda enfrentam dificuldade para atender a encomendas por seus dispositivos.

Entre elas está a Barnes & Noble, com o Nook, lançado também em outubro deste ano. O leitor de e-books tem tela dupla e touchscreen, além de utilizar o sistema Google Android. Custa US$ 260 – era mais barato que o Kindle na ocasião de seu lançamento e a Amazon imediatamente baixou o preço do seu dispositivo.

Outra concorrente é a Sony, com o Reader Pocket Edition. Ele custa US$ 199,99 e é um dos menores entre os leitores digitais.

No Brasil, está à venda outra opção, o e-book Cool-er, de R$ 740. O leitor é compatível com PC e Mac, pesa 170 g e está disponível em oito cores.

Mesmo com a febre pelo Kindle deflagrada com a chegada do Natal de 2009, não há como afirmar que o gadget repetirá o sucesso mundial no Brasil. Isto porque, além de dobrar de preço com a importação dos EUA, o Kindle ainda tem poucas as opções de leitura em português disponíveis – cerca de 20 livros e o jornal o Globo. Em inglês, o número de títulos passa dos 350 mil.
 

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