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12/05/2009 - 20h46 / Atualizada 03/11/2009 - 11h38

BlackBerry Bold é bom para executivos e para se divertir

RENATO RODRIGUES | Para o UOL Tecnologia


Um dos celulares com Wi-Fi capaz de competir com o Nokia N85 é o representante da canadense RIM: o BlackBerry Bold.

Até há pouco, o Bold era o top de linha da família, cujos smartphones fazem grande sucesso no mundo corporativo devido a sua incomparável plataforma de e-mail. No mês passado chegou ao Brasil o modelo Storm, o primeiro BlackBerry sem teclado físico.

O Bold é uma evolução do modelo Curve e da série 8800. Deles vêm as curvas, o formato do aparelho e o teclado curvado, muito confortável de usar. Destaque para a trackball, a bolinha no centro do aparelho que faz o papel de mouse. Além mais largo que o o antecessor, o Bold é pesado: 133 gramas. A traseira tem um acabamento emborrachado imitando couro, que dá um toque de sofisticação e facilita segurá-lo.

O visor do Bold tem tamanho razoável (2,6") e resolução de 480 x 320 pixels. Não bastasse isso, é colorido, brilhante e tem alto contraste, não fazendo feio diante do iPhone e do N85. Aliás, sua densidade de pixels é superior a do Apple —são 240 ppi (pontos por polegada) contra 165 ppi.

A interface é uma versão aprimorada do BlackBerry OS 4.6, com um estilo visual chamado "Precisão". Os ícones são bem desenhados e intuitivos, e a navegação não apresenta grandes dificuldades mesmo para usuários que nunca tiveram contato com um BlackBerry.

O Bold é repleto de recursos. Além do Wi-Fi, tem GPS (mas sem uma boa solução de mapas), suporte ao padrão 3G HSDPA, Bluetooth estéreo, toca os principais formatos de áudio e vídeo (inclusive DivX e Xvid), visualiza documentos Office (também podem ser editados) e Adobe PDF. Já a câmera de 2 megapixels é protocolar —tal como a do iPhone.

Para empurrar toda essa plataforma, o processador XScale de 624 MHz é mais do que adequado. Graças a ele, é difícil o Bold engasgar em alguma tarefa.

Wi-Fi e Internet

Ligar o Wi-Fi não tarefa das mais simples no Bold. É preciso entrar no menu de configurações e pesquisar um bocado. Como os ajustes não são muito amigáveis, é provável que seja preciso uma consulta ao manual.

Também não há qualquer indicação de que a conexão Wi-Fi esteja sendo usada, em vez da 3G. Apesar disso, o Bold conectou-se a redes pessoais e corporativas sem problemas.

O navegador do Bold é nativo do sistema. Ele monta páginas HTML no modo normal ou em coluna —a página toda fica empilhada na vertical, o que gera um scroll (rolagem) interminável. A visão inicial da página a mostra inteira. O cursor guiado pela trackball permite escolher uma área e dar zoom.

Como todos os navegadores móveis, o do Bold não aceita animações Flash. Com isso, um enorme número de sites não funciona 100% no smartphone.

A experiência de navegação no Bold não é tão boa quanto nos rivais. Pode-se dizer que ele empata com o Motorola Q11 nesse quesito, mas fica atrás do N85 e, principalmente, do iPhone.

O processo de zoom e clique não é tão prático quanto parece, pois algumas páginas surgem perfeitamente na tela, enquanto outras ficam desarticuladas. O processo de adicionar uma página nos "Favoritos" é simples. Já as páginas escritas para o formato móvel são exibidas com tanta rapidez. Não há leitor de RSS.

O mesmo vale para o cliente de e-mail. Mensagens no formato HTML nem sempre aparecem com a formatação adequada —é uma questão de sorte. No entanto, a plataforma de e-mail do BlackBerry é incomparável, principalmente para usuários corporativos.

Outros usos do Wi-Fi

O Bold não possui acesso a uma loja de aplicativos como a AppStore. No entanto, há links espalhados pelo menu que levam ao site americano da RIM. Lá, é possível baixar alguns bons aplicativos e games, tanto em versão demo como gratuitos, para o aparelho. Destaque para o Lingo, que traz ferramentas de conversão e informações sobre vôos do mundo todo.

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