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12/08/2010 - 07h00 / Atualizada 12/08/2010 - 07h00

Celulares podem substituir tocadores digitais; veja teste com quatro "musicalphones"

SÉRGIO VINÍCIUS | Para o UOL Tecnolgia
  • Flávio Florido/UOL

    Para deixar o MP3 Player de lado: Sony Ericsson W508, Nokia 5800, 5300 e iPhone 3GS

Um bom tocador digital tem interface intuitiva e botões - volume, play, pause, avançar e retroceder - em locais de fácil acesso. Um excelente aparelho oferece também capacidade interna de pelo menos 2 GB ou possibilidade de expansão com cartões de memória. O tocador beira a perfeição se contar ainda com caixas de som embutidas que não distorcem sons quando no volume máximo e com bateria que dure mais de 30 horas (perfeito mesmo, só um player que reúna todas essas características e ainda saia de fábrica com o primeiro disco do Ramones incluso). (Clique na foto ao lado para ver mais imagens dos aparelhos testados).

Todos os celulares do mercado tocam músicas - sejam elas em midi, WAV, MP3 e outros formatos. Entretanto, são poucos os que podem ser chamados de musicais. Para tanto, eles têm de ter a maior parte dos itens citados no parágrafo anterior, além de - é claro - fazer ligações. Se oferecerem fácil acesso a download de canções ou forem distribuídos já com faixas, álbuns ou discografias de bandas, automaticamente se tornam mezzo telefones, mezzo players (desde que o conteúdo musical não seja qualquer coisa dos Tears for Fears, porque aí os celulares se tornam instrumentos de tortura medieval).

Para avaliar os principais “musicalphones” das prateleiras, o UOL Tecnologia testou por mais de 30 dias três modelos com foco em música. Da Nokia, que criou as linhas Xpressmusic e Comes With Music, foram analisados o 5800 (também chamado de Nokia Tube) e 5530 Especial Edition Little Joy (distribuído com o álbum da banda de ex-integrantes dos Los Hermanos). Também foram testados o Sony Ericsson Walkman W508 e o iPhone 3GS.

Modelos
No caso da Nokia, o 5800 e o 5530 são, respectivamente, primo-rico e primo-pobre. Ambos são bastante parecidos, tanto nos pontos positivos como nos negativos. A interface dos players - intuitiva padrão Nokia e simples de usar - e os bons auto-falantes internos foram os pontos positivos dos dois.
Em contrapartida, poucos botões físicos de atalho - somente volume - deixaram o desempenho de ambos a desejar quando utilizados no dia-a-dia, sendo carregados em bolsos de calças, por exemplo. Nos detalhes, o 5800 se diferencia por ter tela maior e ser mais rápido aos comandos. Já o 5530 é bem mais barato que seu primo-rico e pode agradar a bolsos mais enxutos.

Outro modelo musical avaliado foi o Sony Ericsson Walkman W508, que se mostrou excelente para ser operado via tato e um substituto à altura dos bons e velhos walkman. Ele tem botões físicos em relevo e não exige que o usuário acenda a luz ou o tire do bolso quando quer trocar a faixa que está sendo executada. Em ônibus lotados, elevadores e demais espaços apertados, o usuário agradece. Mesmo sentado, é incômodo tirar a todo instante o player do bolso para realizar uma tarefa simples - o touchscreen dos concorrentes praticamente inviabiliza a operação via tato. Seus poucos recursos adicionais, além do pé na música, são pontos desabonadores encontrados no brinquedinho.

Por fim, o UOL Tecnologia avaliou um iPhone 3GS. Ele não é um aparelho exatamente voltado à música, como é o iPod ou como são os telefones concorrentes, que tem até termos referentes a canções em seus nomes (Xpressmusic, Comes With Music, Walkman). Mas sua interface sonora é um dos principais atrativos do equipamento da Apple. Com muito espaço em disco – a versão avaliada tinha 16 GB –, o modelo, quase sem botões e ainda obrigando o usuário a trabalhar com o chato iTunes, se mostrou, no máximo, cumpridor. Ao considerar o custo-benefício do telefone – R$ 1.799, pré-pago -, ele se torna um tocador ruim e o pior entre os avaliados no quesito “musicalphone”.

Smartphones e MP6
São poucos os fabricantes que mantêm linhas aplicadas à música. A Nokia mantém a Xpressmusic, com telefones que facilitam o acesso às áreas musicais do aparelho, e a Comes With Music, que permite o download de canções ou pode ser distribuída com álbuns completos.

Já a Sony mantém a Walkman, que visa o mesmo público que quer lidar, de forma simplificada, com suas canções favoritas. Download de canções e troca de faixas por movimentos estão presentes na linha de celulares musicais da empresa. Das mais conhecidas empresas de celulares, Samsung, LG e Motorola não possuem edições voltadas ao mundo musical.

Das companhias menos conhecidas, chamadas de xing-ling, marca-diabo e congêneres, celulares aplicados à música são os MP6 -- nesses casos não são os celulares que adotaram itens de fácil acesso à música, mas o contrário: tratam-se de tocadores digitais que embarcaram telefones. De acordo com vendedores dessas traquitanas, aparelhos do tipo MP3 player são aqueles que somente tocam música. MP4, que tocam música e passam vídeos. MP5, com música, vídeo e máquina fotográfica. MP6, todos os itens anteriores mais celulares com entrada para um chip. Com mais de um, são os MP7.

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