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Carros autônomos do Uber voltarão às ruas, mas em modo manual

Volvo XC90 é o modelo modificado usado pela empresa - Divulgação
Volvo XC90 é o modelo modificado usado pela empresa Imagem: Divulgação

Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paulo

24/07/2018 14h18

Os carros autônomos do Uber voltarão às ruas dos Estados Unidos quatro meses depois do acidente que matou uma pedestre no Arizona. A empresa anunciou nesta terça-feira (24) que os veículos rodarão sobre o asfalto de Pittsburgh com todos os sistemas ativados – mas não no volante. Os carros funcionarão em modo manual, com um motorista no comando o tempo todo.

A finalidade é usar os sensores dos veículos para atualizar os mapas em alta definição da cidade do estado da Pensilvânia. Eric Meyhofer, chefe do grupo de tecnologias avançadas do Uber, foi o responsável por divulgar a informação, em um texto repleto de pesar publicado no Medium.

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“Após a tragédia em Tempe, lançamos uma revisão de cabo a rabo de nosso programa de direção autônoma com foco em segurança. Hoje, estamos dando um primeiro passo para trazer nossos veículos autônomo de volta às ruas públicas em Pittsburgh”, escreveu.

Nesta nova fase de testes, a empresa designará um “especialista de missão” para dirigir os carros, acompanhado de um segundo “especialista” que ficará no banco de passageiro tomando notas dos eventos das viagens.

Além disso, o Uber implementará um monitoramento em tempo real dos tais especialistas, para garantir que eles estejam atentos ao volante. O sistema de evasão de colisões também estará ativo mesmo em modo manual, a fim de evitar acidentes mesmo no modo manual. As telas internas dos carros também foram modificadas para minimizar potenciais distrações do condutor.

A empresa faz questão de destacar que os motoristas passaram por novos treinos e alternarão funções dentro dos carros, para não se desgastarem e perderem o foco nas tarefas realizadas.

O Uber está reticente em soltar seus carros autônomos de volta às ruas, porém planeja isso nos próximos meses. Colocar os veículos para rodar manualmente pelas cidades é parte do processo, que a empresa argumenta que servirá para educar a inteligência artificial a lidar com cenários distintos do trânsito.