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08/09/2007 - 10h30

Porta-retratos digital começa a chegar ao Brasil, mas não empolga; veja teste

Marcelo Ayres

Para o UOL Tecnologia
As câmeras fotográficas digitais trouxeram para o dia-a-dia uma nova maneira de lidar com as fotos. Se antes, com as máquinas de filme, bastava mandar revelar as imagens e guardar os negativos em local apropriado, hoje a necessidade é saber como você organiza suas fotos dentro do disco rígido de seu computador —e como mostra as fotos para a família ou mantém as recordações ao alcance da vista.

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Como você vai ver todas as fotos tiradas em uma festa, naquela viagem ou mesmo as daquele passeio? Se suas fotos estão no HD, você precisa do computador para visualizá-las. Ou então de um gravador de CDs para levá-las até o DVD da sala, e exibi-las na TV.

Mas uma alternativa tem aparecido, ainda discreta no Brasil, apesar do sucesso no exterior — o porta-retratos digital. O UOL Tecnologia testou três modelos: Airis MF001, Kodak SV710 e Zarva. Eles têm tela LCD de 7 polegadas envoltas por uma moldura preta, no estilo black piano, e funcionam com alimentador de energia.

As fotos podem ser exibidas como um slide show ou foto por foto como uma apresentação de PowerPoint. Se preferir pode escolher qual foto vai deixar sendo exibida o tempo todo no porta-retrato. Os três podem reproduzir também vídeos em MPEG e músicas no formato MP3. Você pode inclusive visualizar as fotos enquanto escuta as músicas que estão arquivadas dentro do cartão de memória.

Imagens pixelizadas

A idéia é ótima —mas os produtos disponíveis no Brasil ainda pecam pela pouca qualidade. A primeira constatação de nosso teste é de que os porta-retratos não empolgam. Nos três produtos testados, as fotos não aparecem com muita qualidade e aparexem "pixelizadas".

Analisando visualmente os três produtos, é possível constatar uma imagem de qualidade um pouco superior no modelo MF001, da Airis. Na seqüência aparece o SV710, da Kodak, e a imagem com menor qualidade é o do Zarva. Todos os porta-retratos têm tela com resolução de 480 x 234 pixels.

Todos os três modelos podem exibir as imagens no aspecto 16:9 e 4:3. Mas no modo widescreen as fotos ficam distorcidas, e no caso do aparelho da Kodak, isso faz com que a tela deixe de exibir alguns pedaços das fotos.

Cartões de memória e pendrives

O porta-retrato da Kodak e o modelo da Zarva têm entradas para cartões de memória e pendrives. O modelo da Airis tem somente entrada para cartão de memória e não pode receber a conexão de um pendrive, o que limita a transferência de arquivos.

Uma das entradas de cartões do SV710 da Kodak é multiformato e pode receber os tipos SD, MMC, MS (Memory Stick) e xD Picture. A outra é para os tipos Compact Flash e MicroDrive. O Zarva tem apenas uma entrada para os cartões do tipo SD, MMC e MS. O modelo da Airis tem uma entrada multiformato para SD, MMC e MS e um slot para Compact Flash.

No caso do Zarva, um erro crasso de design —a entrada para o pendrive, que fica na parte de baixo do porta-retrato, impede que o produto fique em pé corretamente quando você liga um dispositivo a ele. No Kodak SV710, as entradas estão localizadas na parte lateral do produto, e você pode plugar um pendrive ou toca-MP3 para ver suas fotos sem problemas.

Os modelos da Kodak e da Airis possuem saída USB para conectar-se a um computador. O Zarva utiliza a mesma porta USB que recebe o pendrive para fazer esta conexão. Na verdade, quando estão neste modo, os porta-retratos funcionam como um dispositivo de armazenamento que permite apenas copiar arquivos a partir do seu computador. Todos vêm com uma saída A/V para exibir as imagens na TV.

Os aparelhos testados vêm ainda com controle remoto que dá acesso a todas as funções, que também podem ser acessadas na parte traseira do porta-retratos.

Interface e manuais

O programa de gerenciamento e navegação do Kodak SV710 é intuitivo. Já os programas de gerenciamento do Airis MF001 e Zarva são mais confusos, e a resolução dos ícones e pastas não é muito boa —é difícil para entender o que aparece na tela.

Outro ponto que o Kodak SV710 tem destaque é no manual de utilização, que vem com todas as funções explicadas. Já os outros dois produtos do teste vêm com manuais muito reduzidos e pouco detalhados.

Apesar do apelo (e da utilidade) dos novos aparelhos, quem quiser comprar um aqui no Brasil ainda ficará bem atrás das novidades que já existem no exterior —como um modelo da Samsung exibido na Alemanha no início do ano, com conexão Wi-Fi ao computador e a possibilidade de receber RSS.

E o custo-benefício fica ainda pior se você analisar o preço —o da Kodak é o mais barato, com preço sugerido de R$ 599. O MF001, da Airis, e o Zarva, distribuído pela Raysun, têm preço sugerido de R$ 699. O da Samsung, apresentado na Cebit e sem data prevista para chegar ao Brasil, custa €229 (cerca de R$ 640).

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