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23/01/2008 - 07h04
Bateria que acaba inesperadamente: seu celular pode estar infectado

CINTIA BAIO e LILIAN FERREIRA | Do UOL Tecnologia

Os tipos e efeitos dos vírus para celular ainda não são tantos quanto os das pragas para PC. Existem aqueles que apenas fazem uma "graça" —acabam com a bateria ou desconfiguram o aparelho— mas há também os vírus que roubam dados da agenda e informações financeiras ou ainda monitoram o uso do telefone.

De acordo com Gabriel Menegatti, diretor da empresa de segurança F-Secure, os 362 malwares para celular catalogados em 2007 podem ser divididos em três tipos:

  • Vírus de auto-promoção do autor: São pragas criadas por hackers fanfarrões que gostam de mostrar até onde conseguem desconfigurar os aparelhos contaminados. Por exemplo, descarregar a bateria, enviar mensagens, mudar a aparência do aparelho. O primeiro vírus descoberto no mundo, o Cabir, fazia exatamente essas peraltices.


  • Vírus silenciosos: São os mais comuns atualmente. Essas pragas atacam na surdina —muitas vezes o usuário nem percebe que o seu celular está contaminado— e são criadas para obter informações privilegiadas, como agenda de telefone. Por conta desse tipo de vírus, é difícil contabilizar o número de aparelhos infectados no mundo.


  • Vírus espiões (mobile spyware): A meta desse tipo de vírus é espionar o que você anda fazendo no celular. Eles podem gravar chamadas recebidas e feitas ou mensagens enviadas. O primeiro espião móvel foi descoberto em 2006 e se chama Flexispy.A. O programa é capaz de capturar informações sobre todas as ligações e mensagens feitas e recebidas no celular. O mais interessante é que esse spyware foi desenvolvido por uma empresa como uma solução para descobrir traições. Trata-se de um spyware comercial, que deve ser instalado no celular da vítima (e custa quase US$ 50).


  • Embora essas sejam as três categorias de vírus conhecidas, Menegatti diz que ataques personalizados também foram observados. "O hacker desenvolve uma praga específica para um celular, geralmente de executivos, para roubar os seus dados", conta o diretor.

    Ele ainda mostra uma nova onda que está por vir: "Com a popularização das transações financeiras via celular, o phishing [golpe virtual que tenta iludir o usuário] é esperado". Mas sem pânico: no Brasil, os ataques a celular (em qualquer das modalidades) ainda é pequeno.