Mãe não se intimida no papel de 'sargento da internet', mas teme ciberbullying

ANA IKEDA | Do UOL Tecnologia

  • Rogerio Albuquerque/UOL

    Regina Albuquerque controla de perto o que suas filhas Carolina, 12, e Luisa, 11, fazem na web

Com tantas novidades na internet, acompanhar a rotina dos filhos online não é uma das tarefas mais fáceis. Regina Albuquerque que o diga: mãe de duas pré-adolescentes, Carolina, de 12 anos, e Luisa, de 11, alunas do Vértice, ela se desdobra para poder conciliar seu trabalho, como orientadora pedagógica, e conseguir tempo para dar atenção às meninas em casa.

Regina utiliza no computador de casa um aplicativo de controle de pais, que vem no próprio sistema operacional da máquina. Se elas quiserem acessar um site que está na lista de bloqueados, precisam de uma senha e pedem para a mãe se podem entrar.

Ela revela que o tempo que as filhas gastam no computador também é controlado de perto. Durante a semana, podem ficar durante duas horas online. Nos finais de semana e férias, um tempo maior é negociado. “Geralmente, a Carolina quer ficar mais tempo conectada nos finais de semana. E eu deixo”, admite.

Ambas têm contas em comunicadores instantâneos e numa rede social. E contam que adoram usar a internet. “Meu site preferido é o Orkut”, fala Carolina. A filha mais velha, além de navegar nos perfis dos amigos, gosta de jogar “Colheita Feliz”. Já a mais nova, Luisa, diz preferir outro jogo social, o “Café Mania”.

Orientação, mesmo após erros
Além de deixar o computador numa área de uso comum, Regina comenta que sempre procura manter um diálogo bem próximo com suas filhas. “Os pais precisam estar muito atentos, presentes na hora que o filho estiver usando o computador, acompanhar quem são seus amigos, quais são seus interesses, mas principalmente conversar muito com ele”, diz.

Os pais precisam estar muito atentos, presentes na hora que o filho estiver usando o computador, acompanhar quem são seus amigos, quais são seus interesses, mas principalmente conversar muito com ele

Regina Albuquerque

No caso do Orkut, Regina ajudou as filhas a criarem perfis na rede social, depois das garotas insistirem. “Além de participar da criação do perfil, conversei com elas, como sempre faço, para alertar sobre os riscos de expor informações pessoais online.”

Entretanto, mesmo com tantos conselhos, eventualmente as meninas acabam sendo expostas a riscos. Carolina certa vez clicou num link de uma mensagem do MSN, que dizia ter fotos, mas era um vírus que se espalhou para toda lista de contatos dela. Uma amiga ligou porque estranhou a mensagem e avisou sobre o golpe. “Procurei a escola, já que vários dos contatos dela eram de amigos de lá. Eles foram então orientados sobre evitar clicar em links sem antes confirmar com o amigo se ele realmente enviou aquilo.”

A mãe também não se intimida no seu papel de “sargento da internet”. “Deixo claro que a qualquer momento posso verificar o que elas estão conversando, pelo histórico. Como ainda não precisei recorrer a isso, não considero essa atitude uma invasão de privacidade.”

Regina confessa que o ciberbullying é uma das questões que mais a preocupa atualmente. “Primeiro, vem a orientação para que isso nunca parta delas. E se a ameaça vier de algum colega, falo para me avisarem sobre o que está acontecendo, em vez de ficarem com medo.”

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