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27/07/2010 - 14h33 / Atualizada 27/07/2010 - 19h58

Documentos vazados pelo Wikileaks trazem informações sobre Bin Laden

Os cerca de 91 mil documentos vazados pelo site Wikileaks sobre a Guerra no Afeganistão contêm informações até então nunca divulgadas publicamente sobre o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, que vem sendo procurado pelos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001 em Washington e Nova York.

Os documentos trazem informações sobre Bin Laden desde 2006. Vários deles têm relação com a busca pelo líder da Al-Qaeda, apesar de os Estados Unidos terem dito que não recebem informações confiáveis sobre ele “há vários anos”.

Um relatório da inteligência americana vazado pelo Wikileaks indicava que em agosto de 2006 Bin Laden teria participado de uma reunião na cidade de Quetta, na fronteira com o Paquistão.

O documento diz que ele e outros alvos da inteligência americana, incluindo o líder do Talebã, mulá Mohammed Omar, estariam organizando ataques suicidas no Afeganistão.

Os alvos dos ataques eram desconhecidos, segundo o relatório, mas os explosivos seriam trazidos do Paquistão.

Task Force 373
O Pentágono está investigando os responsáveis pelo vazamento dos documentos, em uma ação que o governo americano diz que pode ameaçar a segurança nacional.

Os documentos, na descrição do Wikileaks, são relatórios sobre campos de batalha e inteligência. Segundo os responsáveis pelo site, eles foram compilados por unidades militares entre 2004 e 2009.

Relatórios sobre atividades perigosas compilados nesse período associam Bin Laden a várias atividades insurgentes.

Cerca de 200 documentos publicados pelo Wikileaks são relacionados com a Task Force 373, uma unidade especial do Exército americano cujo trabalho seria matar ou capturar comandantes do Talebã ou da Al-Qaeda.

O dossiê inclui um incidente em junho de 2007, quando a unidade teria se envolvido em um tiroteio com o que acreditava que eram insurgentes.

Na ocasião, um ataque aéreo foi ordenado para apoiar o trabalho da Task Force 373.

Sete dos mortos eram policiais afegãos. Outros quatro policiais se feriram. O incidente foi classificado como um mal-entendido.

O porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs disse que o vazamento não contém nenhuma informação nova sobre a natureza da guerra no Afeganistão, mas disse que os detalhes revelados podem trazer problemas.

“Eles têm um potencial de serem muito prejudiciais àqueles que estão em nossas Forças Armadas, àqueles que cooperam com nossos militares e àqueles que trabalham para nos manter seguros”, disse.

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