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20/01/2010 - 07h00 / Atualizada 22/01/2010 - 20h11

Caravanas para Campus Party barateiam custos e aumentam rede de amizades

ANA IKEDA* | Do UOL Tecnologia

Ao menos dez caravanas partirão nos próximos dias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste rumo à São Paulo, onde será realizada a Campus Party 2010, feira que reúne aficionados por tecnologia. Além de diminuir os custos de participação no evento – o organizador ganha inscrição gratuita e os demais pagam “meia” entrada (R$ 70) – as caravanas são uma forma de expandir a rede de amigos, antes mesmo de chegar ao acampamento digital de seis mil pessoas.

Será o primeiro ano de experiência de alguns “caravaneiros” e criar um grupo novo tem seus percalços. É o que afirma César Augusto de Farias, organizador da caravana de Santa Catarina. “No início, pensamos em irmos num grupo de amigos, mas o mínimo exigido são 15 pessoas. Divulgamos nas redes sociais como Orkut e Twitter e acabamos reunindo mais de 23 pessoas”.

Entretanto, a organização da Campus Party estabelece prazos com bastante antecedência para pré-inscrição e inscrição dos caravaneiros, o que acaba afastando a turma dos indecisos. “Na hora do pagamento, muitos deixaram para última hora e o número caiu para 17 participantes, grupo pequeno para o aluguel do ônibus”, lembra. O pacote para participar do evento, com a inscrição, transporte e camping, ficou em R$ 255 para o grupo.

No final, a solução para os catarinenses foi empenhar uma força tarefa com as caravanas do Rio Grande do Sul e Paraná. Assim, um ônibus fará paradas nos três Estados e trará toda a turma de campuseiros do Sul para o evento em São Paulo.

“Pelo nosso grupo de e-mails, já estamos organizando alguns workshops sobre o que o pessoal acha legal fazer na viagem como, por exemplo, aulas de violão no ônibus que vão ajudar na integração. A vantagem da caravana é que ninguém chega “sozinho” na Campus Party, o grupo chega mais unido”, destaca Farias.

Do Mato Grosso, parte uma caravana de estudantes da universidade federal do Estado, a UFMT. Dos 40 participantes, a maioria nunca esteve em São Paulo, conta Maurício Falchetti, organizador do grupo e estudante de Radialismo. O pacote individual saiu por R$ 185. O que diminuiu os custos para os mato-grossenses foi a UFMT ter emprestado um dos ônibus, assim os estudantes pagarão apenas pelo combustível e motorista.

“Para mim, será uma grande oportunidade para aumentar o aprendizado em Comunicações Sociais e, claro, me divertir também”, afirma Falchetti, numa referência às redes de jogos formadas no acampamento. “Além disso, o melhor em organizar a caravana foi fazer mais amigos”.

Mas o estudante também chama a atenção para o mesmo problema que os caravaneiros de Santa Catarina enfrentaram. “Tem sempre um ou outro participante que acaba demorando para decidir se vai ou não e isso acaba atrasando o planejamento”.

Já Gustavo Uchôa, analista de sistemas em Fortaleza, não teve sucesso na criação de um grupo. Ele chegou a lançar uma comunidade no Orkut Campus Party – Fortaleza/CE para tentar reunir pessoas do Estado para ir à feira, mas não teve muitas adesões. Segundo ele, a falta de dinheiro para inscrição, a grande quantidade de menores de idade e até mesmo a falta de “fé” de que a caravana pudesse dar certo atrapalharam sua concretização. Mesmo assim, segundo ele, a experiência foi proveitosa: “Conheci pessoas que estavam interessadas. Como a caravana não deu certo, vou por conta própria e vamos nos encontrar lá”.

*com a colaboração de Guilherme Tagiaroli

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