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09/02/2010 - 07h30 / Atualizada 14/12/2010 - 17h47

O que o iPad tem que meu computador não tem?

ANA IKEDA | Do UOL Tecnologia

Além de causar furor no mundo da tecnologia, o iPad, computador tablet da Apple, também foi responsável por uma enxurrada de dúvidas de possíveis consumidores da novidade. Afinal, o que é que o iPad tem que o seu computador não tem?

Antes de detalhar o produto da Apple, é necessário entender o que são os computadores tablet: dispositivos ultraportáteis no formato de prancheta ou laptop, que apresentam tela sensível ao toque e, em sua maioria, dispensam uso de mouse e teclado. A ideia dos fabricantes sempre foi a de criar um dispositivo digital que substituísse a tradicional dupla bloquinho de papel e caneta. 

Apesar da grande febre atual, o conceito tablet é bem antigo: Alan Kay, cientista norte-americano, lançou em 1968 o que seria a base conceitual para todos os computadores pessoais. O seu Dynabook nunca chegou a ser fabricado, mas era bem parecido com o que os tablets são atualmente. Finos, leves, fáceis de usar, inclusive por crianças e idosos, projetava Kay naquela época.

Mais de quarenta anos depois, a Apple apresentou seu iPad. O tablet tem como público-alvo usuários que consomem conteúdo, ou seja, quem entra na internet para ler e-mails, notícias, livros eletrônicos, além de ver fotos, assistir a vídeos (inclusive TV) e ouvir músicas. A infinidade de aplicativos da AppStore pode ser utilizada no iPad, incluindo seus jogos.

Para desempenhar todas essas funções, o iPad possui um processador de 1GHz, desenvolvido pela própria Apple, e tela sensível a múltiplos toques de 9,56 polegadas. O dispositivo é fino (tem 1,3 cm) e relativamente leve (o modelo com Wi-Fi pesa 680g).

Tablet é tablet

O tablet da Apple, entretanto, não é indicado para quem quer produzir conteúdo, pois ele não foi concebido para ser multitarefa. Apesar de possuir o software iWorks, que cria documentos de texto, planilhas e apresentações, não é possível abrir vários programas ao mesmo tempo no dispositivo. Isso restringe bastante ações às quais já estamos acostumados (como jogar uma planilha dentro de uma apresentação, enquanto checa outros dados num site, só ser for uma coisa de cada vez).

iPad entra em ação e cria febre do tablet

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Além disso, o modelo com maior espaço de armazenamento tem apenas 64 GB. Portas USB, HDMI, entradas para cartão de memória e webcam também são itens que a Apple deixou de fora, por hora. Outra restrição que ficaria evidente para usuários comuns é a falta de suporte a Flash no navegador de internet. E, apesar de ter ganhado o apelido de “iPhone de Itu”, não, o iPad não faz ligações celulares.

Portanto, se você procura uma máquina que desempenhe mais de uma tarefa ao mesmo tempo, crie e modifique arquivos, com um espaço de armazenamento um pouco mais “respeitável”, além de navegar na web, talvez a melhor opção sejam outros dispositivos.

Escolha um netbook, se você já tem um computador principal, mas precisa de mobilidade. Comprá-lo será uma opção mais barata, já que o preço estimado do iPad no Brasil, R$ 2 mil, é o dobro de um netbook.

Se você não liga de passear por aí com a dupla smartphone e notebook pesadão, o iPad também não é uma opção muito atrativa se você pensa nele como um substituto. Mas pode ser interessante se você pensar nele como um... tablet. Leve, portátil e com uma tela bem maior que a de um smartphone para acessar conteúdo na internet.

* Dúvida enviada pelo internauta Leonardo Antônio Franco
 

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